A esgrima brasileira: 200 anos (Por Mario Ribeiro Cantarino Filho)
A esgrima brasileira: 200 anos (Por Mario Ribeiro Cantarino Filho) https://institutotouche.org.br/wp-content/themes/fildisi/images/empty/thumbnail.jpg 150 150 Redação https://secure.gravatar.com/avatar/a9c82484ddc8f7aed43e31b2178c0d99?s=96&d=mm&r=gA esgrima brasileira: 200 anos
Brazilian fencing: 200 years
Por MARIO RIBEIRO CANTARINO FILHO
1804 O Tenente Teotônio Rodrigues de Carvalho, membro de um Regimento de Infantaria da Bahia, publica em Lisboa a obra “Tratado Completo do Jogo de Florete”, traduzido dos melhores autores franceses.
1810 Pela Carta Régia, de 4 de dezembro, foi criada a Academia Real Militar, no Rio de Janeiro, posteriormente nomeada Escola Militar. Nos programas de ensino que foram sendo alterados com o passar dos anos, havia a prática das armas.
1858 O Decreto n° 2.116, de março, determinou, para os Cursos de Infantaria e Cavalaria da Escola Militar, Rio de Janeiro, a prática obrigatória da Esgrima e da Natação. Foi nomeado Antonio Francisco
da Gama para a função de Mestre de Esgrima.
1858 A Esgrima, a Ginástica e a Natação tornaram-se obrigatórias na Escola da Marinha, Rio de Janeiro, havendo um Mestre de Esgrima, e prática na frequência de uma vez por semana.
1860 Foi nomeado Instrutor de Ginástica do Depósito de Aprendizes de Artilheiros, situado na Fortaleza de São João, Rio de Janeiro, o Capitão José Ferreira Costa. Constava do programa dessa instituição a Esgrima, a Natação e a Ginástica.
1866 Pelo Decreto n° 3.705, do dia 22 de setembro, determinou-se a prática da Esgrima, Natação e Ginástica no Curso Preparatório anexo à Escola Militar.
1868 Foi fundado no dia 31 de outubro, no Rio de Janeiro, o Clube Ginástico Português para o ensino da Ginástica e da Esgrima. Em 1877 recebeu o Alvará do Rei de Portugal D. Luis I e, por Decreto da Princesa Imperial do Brasil, teve o título de Real Sociedade Clube Ginástico Português.
1869 Ao retornar da Guerra do Paraguai, como Major, Peter Wilhelm Meyer, de origem alemã, assumiu suas funções na Escola Militar, nomeado que foi em 1860. Em seu regresso, passou a ser Instrutor de Esgrima, Ginástica (linha de Jahn) e Natação.
1871 O Decreto n° 4.720, de 22 de abril, conservou a obrigatoriedade da prática da Esgrima, uma vez por semana, da Ginástica e da Natação na Escola da Marinha.
1874 Pelo Decreto n° 5.529, de 17 de janeiro, ficou definido que na Escola Preparatória anexa à Escola Militar fosse dada a instrução referente à Ginástica, Natação, Esgrima de espada e baioneta e Equitação. E para a Esgrima seriam admitidos dois Mestres.
Posteriormente, regulamentos surgidos de 1889 a 1919 conservaram os mesmos padrões do de 1874.
1874 Amaro Ferreira das Neves Armonde, autor da tese “Da educação física, intelectual e moral da mocidade no Rio de Janeiro, e de sua influência sobre a saúde”, apresentada à Faculdade de Medicina, preconizou, entre diversas atividades a serem praticadas, a Esgrima.
1880 O anúncio de abertura do Colégio São Pedro de Alcântara, na cidade do Rio de Janeiro, apresentava, entre as suas atividades, a Esgrima, o salto, a carreira e outras atividades.
1884 Na Escola Militar do Rio Grande do Sul, pelo Decreto n°9.251, de 16 de junho, incluiu-se em seu programa a Esgrima, a Ginástica, a Natação e a Equitação.
1885 O Decreto n° 9.611, de 26 de junho, reuniu a Escola da Marinha e o Colégio Naval, sob a denominação de Escola Naval, mantendo os exercícios de Esgrima, Natação e Ginástica.
1889 No dia 9 de março, o Decreto n° 10.202 criou o Imperial Colégio Militar, incluindo em sua programação de atividades, a Esgrima, a Natação, a Ginástica, o Tiro ao Alvo e as evoluções militares.
1890 Pelo regulamento da instrução primária e secundária do Distrito Federal, na escola primária de segundo grau, para alunos de 13 a 15 anos, a Ginástica era constituída de exercícios com aparelhos,
evoluções militares e manejo de armas, incluindo a Esgrima de espada e florete. E, na reforma do ensino na Escola Normal, também foi incluída a Esgrima, bem como no ensino secundário.
1890 O Decreto n° 330, de 12 de abril, esclareceu normas para a criação da Sala de Armas nas Escolas Militares do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
1890 No Programa do Ginásio Nacional, entre as suas disciplinas constavam a Esgrima, a Ginástica e as Evoluções Militares, com a previsão de professores para tais atividades.
1890 No Plano de Ensino do Colégio Militar, segundo o Decreto n°371 de 2 de maio, entre as matérias preconizadas havia o manejo das armas em uso, Tiro ao Alvo e Esgrima.
1891 Para o curso superior de três anos da Escola Naval, o Decreto n° 1.256, de 10 de janeiro, estabeleceu a Esgrima de florete e de espada, com a previsão de um Mestre para tais armas.
1894 No Regulamento de Ensino do internato do Ginásio Nacional, havia entre as disciplinas, a Ginástica, a Esgrima e a Natação.
1898 As disciplinas Ginástica, Esgrima e Natação eram ministradas, uma hora por semana, para cada série do internato e externato do Ginásio Nacional, situado no Rio de Janeiro.
1898 Os esgrimistas italianos Giuseppe Salermo, Giasintho Sanche e Massanielo Parisi, chegaram a São Paulo e lá se radicaram, passando a lecionar a Esgrima. Entre os discípulos, destacou-se o Alferes Pedro Dias de Campos, da Força Pública do Estado de São Paulo. Posteriormente, por iniciativa do Alferes, fundou-se uma Sala de Armas com o nome de seus mestres Giasintho Sanche e Massanielo Parisi.
1899 Foi criada a Escola de Armas no “Esporte Clube Internacional”, em São Paulo.
1901 No mês de janeiro, em São Paulo, o Clube Germânia promoveu um torneio de Esgrima, de cunho internacional, com as armas florete e espada.
1901 O Esporte Clube Internacional, de São Paulo, no mês de agosto, promoveu um evento desportivo, com várias atividades, inclusive com a Esgrima.
1901 No dia 7 de setembro, foi inaugurada a Sala de Armas do “Clube de Esgrima 7 de Setembro”, em São Paulo, na Rua Brigadeiro Tobias, até a criação da “Grande Associação de Esgrimistas”.
1902 No dia 14 de julho, foi criada a Escola de Esgrima de Sabre, Florete e Espada, por iniciativa do 1° Tenente Pedro Dias Campos, no Quartel da Luz, da Força Pública do Estado de São Paulo.
1902 Realizou-se, em São Paulo, um Campeonato Brasileiro de Esgrima, no período de 16 a 27 de julho, sob a organização do Esporte Clube Internacional.
1904 O periódico “A Vida Esportiva”, do mês de agosto, apresentou um levantamento do número de associações esportivas existentes na cidade de São Paulo, no total de 118, sendo 4 de Esgrima.
1904 Realizou-se um torneio público de Esgrima, em São Paulo, no antigo Velódromo, com uma boa assistência.
1905 Foi publicado o livro “Homem forte: Ginástica, Natação, Esgrima, Tiro ao Alvo”, em Curitiba, de autoria do Capitão de Artilharia Domingos do Nascimento. A parte dedicada à Esgrima de espada, versa sobre: preliminares; exercícios sem armas; exercícios com espada; e movimentos e assaltos.
1906 Nos primeiros meses do ano, chegou à Cidade de São Paulo uma Missão Militar, contratada na França, para instruir e reorganizar a Força Pública do Estado de São Paulo.
1906 Foi publicado no Rio de Janeiro, pela Imprensa Nacional, o livro “Esgrima de Espada”, sendo o seu autor o Segundo Tenente de Artilharia Cezar A. Parga Rodrigues. O livro é ilustrado, com 201 páginas, encadernado e no tamanho 18×24 cm. O autor foi instrutor na Sala de Armas da Escola Militar da Praia Vermelha – RJ.
1909 A Escola de Educação Física da Força Pública do Estado de São Paulo formou neste ano Mestres de Armas e Mestres de Ginástica.
1910 Expediente datado de 3 de março, assinado por Washington Luiz Pereira de Souza, então Secretário da Justiça e da Segurança Pública, do Estado de São Paulo, enviado ao Comandante Geral da Força Pública, informava “que fica criado, nessa corporação, um Curso de Esgrima e Ginástica, destinado aos oficiais e elementos da Força Pública…”.
1911 A Força Pública do Estado de São Paulo publicou, em novembro, o “Regulamento da Esgrima para a Fôrça Pública do Estado”, de autoria do Mestre d`Armas, Capitão Delphin Balancier, da Missão Militar Francesa, primeiro Comandante e Diretor do Curso de Esgrima e Ginástica. Faleceu ele na I Guerra Mundial (1914 – 1918).
1913 O Governo do Estado de São Paulo, pelo Decreto n° 2.349 do mês de fevereiro, regulamentou a Seção de Esgrima da Força Pública do Estado.
1913 Publicação do livro “Lições de Armas”, obra que trata da Esgrima, de autoria de Valério Barbosa Falcão.
1922 Como parte dos festejos do Centenário da Independência do Brasil, foram efetuados, no Rio de Janeiro, os Jogos Olímpicos Latino-Americanos, compreendendo diversas modalidades esportivas, entre elas, a Esgrima. Nessa modalidade, na prova de florete, foi campeão o Tenente Oswaldo Rocha, e, na prova de sabre, foi vencedor o Tenente Pélio Ramalho.
1922 No período de 1922 a 1927, o Capitão André Gauthier, da Missão Militar Francesa, foi o Instrutor de Esgrima dos Oficiais do Exército Brasileiro.
1925 Foi fundada a Federação Paulista de Esgrima.
1927 Foi fundada a Confederação Brasileira de Esgrima e, em 1946, já tinha como suas filiadas a Federação Paulista de Esgrima, Federação Metropolitana de Esgrima, Federação Sul-Riograndense
de Esgrima e Escola de Educação Física da Marinha.
1928 Foi realizado no Rio de Janeiro, o I Campeonato Brasileiro de Esgrima, sagrando-se São Paulo como campeão, e o Distrito Federal vice-campeão, provas para o sexo masculino. Neste ano também o Clube de Regatas do Flamengo tornou-se campeão carioca de espada, sendo este o seu primeiro título, entre muitos que alcançou nas décadas seguintes.
1932 Na Revista de Educação Física n° 2 (mês de junho) foi publicado o artigo “Esgrima Moderna”, de autoria de Horácio Santos.
1932 O Centro Militar de Educação Física – RJ formou diversos instrutores e monitores e, entre eles, Monitores de Esgrima.
1933 No n° 4, (mês de janeiro), da Revista de Educação Física foi publicado o artigo “Esgrima no Brasil”, cujo autor foi Joaquim Alves Bastos. No mês de maio, no n° 8, Horácio Santos publicou o artigo “ABC da Esgrima de florete” e no n° 9, (em junho), desse mesmo autor, foi publicado “Esgrima moderna de sabre”. O n° 12, (em novembro), de autoria de Parga Rodrigues, teve o artigo “A Esgrima e a tática”.
1933 Pelo Decreto n° 23.252, de 19 de outubro, foi criada a Escola de Educação Física do Exército, com a competência de formar Instrutores e Monitores de Educação Física, Mestres de Armas e Monitores de Esgrima, bem como fornecer conhecimentos, aos Oficiais, a respeito da direção da Educação Física e da Esgrima.
1933 A Escola de Educação Física do Exército formou 16 Monitores de Esgrima.
1934 A Escola de Educação Física do Exército formou 12 Monitores de Esgrima.
1935 Na Revista de Educação Física, n° 25, (agosto), foi editado o artigo “Notas sobre a história da Esgrima”, de Álvaro Lúcio Areas e, do mesmo autor, no n° 26, publicou-se o artigo “Provas de Esgrima”. O artigo “Esgrima, a arte de saber perder”, de Joaquim Paredes, foi editado no n° 29 (dezembro).
1936 Tiveram início os Campeonatos Brasileiros de Esgrima para o sexo feminino, sendo Leonor Margarido a primeira campeã brasileira no florete.
1936 Foi criada e organizada a seção de Esgrima do Fluminense Football Club, do Rio de Janeiro e, neste ano, o clube participou do campeonato promovido pela Federação Carioca de Esgrima. Thomaz Carrilho Teixeira Gomes foi o primeiro diretor da seção. Este esgrimista, no período de 1939 a 1950, conquistou 11 campeonatos da Cidade do Rio de Janeiro, e foi considerado o Grande Campeão da Esgrima do Fluminense Football Club.
1936 No periódico Educação Física, n° 5 (abril) publicou-se o artigo “Esgrima no Rio de Janeiro”, de Washington Azevedo.
1936 A Escola de Educação Física da Força Pública do Estado de São Paulo, pelo Decreto n° 7.688 de 28 de maio, do Governo Estadual, passou a ter novo Regulamento e entre os seus fins constava formar Mestres de Armas e Monitores de Esgrima.
1936 O artigo “A Esgrima no Rio de Janeiro”, de Washington Azevedo, foi publicado na Revista de Educação Física, n° 31 (maio). No n° 33 (outubro), saiu o artigo “Pela Esgrima”, de autoria de
Francisco Silveira do Prado. Também foi publicado o “Regulamento da Federação Internacional de Esgrima”.
1936 Participou o Brasil dos Jogos Olímpicos de Berlim com uma equipe de Esgrima, sendo Treinador o Sargento Francisco Pinto, da Milícia de São Paulo, com os esgrimistas Ferdinando Alessandri, Moacir Dunham, Ricardo Vagnotti, Henrique de Aguiar Vallim, Enio de Oliveira e a Baronesa Hilda von Puttkammer, no Florete Feminino.
1936 O periódico Correio da Manhã, do Rio de Janeiro, de 18 de novembro, publicou uma biografia esportiva do Coronel Pedro Dias de Campos, referente à “Festa de Gratidão”, onde os esgrimistas
cariocas homenagearam um dos introdutores da Esgrima no Brasil.
1936 Na edição de 2 de dezembro, O Correio da Noite, periódico carioca, publicou, com o título “Esgrima – homenagem a um veterano”, referências sobre a festa que esgrimistas do Rio de Janeiro organizaram para homenagear o Coronel Pedro Dias de Campos.
1936 Foram formados pela Escola de Educação Física do Exército dez Monitores de Esgrima e, pela Escola de Educação Física da Força Pública de São Paulo, foram graduados 4 Monitores de Esgrima.
1937 Foi publicado na Revista de Educação Física, n° 35 (outubro), o artigo “Campeonato Brasileiro de Esgrima” e, no nº. 36 (novembro), o artigo “Esgrima” de Álvaro Lúcio de Areas.
1937 Foram formados 2 Mestres de Armas e 4 Monitores de Esgrima, pela Escola de Educação Física do Exército e, pela Escola de Educação Física da Força Pública do Estado de São Paulo, 2 Mestres de Armas e 1 Monitor de Esgrima.
1938 No periódico Educação Física, no nº. 14 (janeiro), vem à luz o artigo “A esgrima através dos tempos”, de Osvaldo Rocha.
1938 A Revista de Educação Física do Exército publicou no nº. 43 (outubro) o artigo de Álvaro Lúcio Areas, com o título “Aparelhos de sinalização elétrica para espada”. E no nº. 44 (novembro), do mesmo autor, saiu o artigo “Esgrima de sabre – progressão de instrução”, bem como o artigo “Esgrima”, do mesmo autor.
1938 A Escola de Educação Física do Exército, entre diversos instrutores e monitores, formou 3 Monitores de Esgrima, e a Escola de Educação Física da Força Pública de São Paulo formou 4 Monitores de Esgrima.
1939 A Revista de Educação Física, no nº. 45 (junho) publicou “Esgrima de florete – método de treinamento”, de Álvaro Lúcio Areas, e, no nº. 46 (outubro) publicou, do mesmo autor, “Esgrima – espada – método de treinamento”.
1939 Criação da Escola Nacional de Educação Física e Desportos, na Universidade do Brasil, e entre os seus cursos havia o Curso Superior de Educação Física com diversas disciplinas, sendo uma delas “Desportos de ataque e defesa”, no qual a Esgrima era uma das atividades ensinadas.
1939 Formaram-se 5 Monitores de Esgrima pela Escola de Educação Física do Exército.
1940 No período de 31 de março a 7 de abril, na cidade de São Paulo, foi realizada a II Olimpíada Universitária Brasileira, que passou a ser considerada como os III Jogos Universitários Brasileiros,
com eventos diversos, inclusive a Esgrima.
1940 A revista Viver, em seu número 21, publicou “Pratiquemos a Esgrima”, de autoria de Miguel Morano.
1940 A Escola de Educação Física do Exército formou 12 Monitores de Esgrima.
1941 Pelo Decreto-Lei n° 3.199, de 14 de abril, que estabeleceu as bases de organização dos esportes no Brasil, considerou-se constituída a Confederação Brasileira de Esgrima, que possuía “a sua competência desportiva determinada na própria denominação”.
1941 No periódico Educação Física, em seu nº. 57 (agosto), foi publicado “Esgrima moderna de sabre”, de Horácio Santos.
1941 A revista Viver editou o artigo “Esgrima”, cujo autor foi René da Silva Velho, apresentado no nº. 36, e que prosseguiu até o nº. 41.
1942 A Gillette do Brasil, com sede no Rio de Janeiro, editou um trabalho com o título “Sport fator de saúde – para uma Pátria Grande, uma raça forte”, contendo uma série de quadros relativos a vários esportes inclusive a Esgrima.
1942 Educação Física – Revista de Esportes e Saúde publicou os artigos “Importância da Esgrima e seu progresso no Brasil”, no nº.71, e “História da Esgrima”, de autoria de Osvaldo Niemeyer Lisboa,
no nº. 69.
1942 A Revista de Educação Física, editada pela Escola de Educação Física do Exército, publicou “Instruções para o Campeonato de Esgrima do Exército”, no nº. 51; no nº. 54 apresentou o artigo “O julgamento das provas de Esgrima”, de Júlio Cesar Saint Edmond, bem como “Comentário sobre algumas
soluções do Regulamento de provas da Federação Internacional de Esgrima”, cujo autor foi Condeixa Filho.
1943 No periódico Educação Física, nº. 72 (janeiro–fevereiro) publicou-se “Pedagogia da Esgrima”, de Horácio dos Santos.
1943 Faleceu no mês de outubro, no Rio de Janeiro, com a idade de 66 anos, o Prof. Giovanni Abita, ex-Oficial do Exército Italiano que foi contratado em 1922 pela Marinha Brasileira, na gestão do Ministro Veiga Miranda, a fim de ministrar os ensinamentos da Esgrima. Ministrou a Ginástica Pedagógica, na Escola de Educação Física da Marinha, a partir de 1925.
1943 O Almanaque Sportivo Olympicos, edição 1942-1943, modificou a forma de apresentação dos seus trabalhos, trazendo a seção “Esgrima” nas páginas 255 e 256, além de “A Esgrima no Brasil”, nas páginas 256 a 258.
1944 Nos VI Jogos Universitários Brasileiros (JUB’s), realizados na Cidade do Rio de Janeiro no mês de abril, sagrou-se a Federação Universitária Gaúcha de Esportes como a equipe campeã em Esgrima, com a Federação Atlética de Estudantes na segunda colocação e a Federação Universitária Mineira de Esportes no terceiro lugar.
1944 A Revista Brasileira de Educação Física publicou, no seu nº. 7 (julho), o artigo “Efeitos da Esgrima sobre o físico da mulher”, de autoria de Reynaldo Kunz Buch.
1944 De autoria de Valério Falcão foi publicado o livro “A Esgrima”. Trata a obra da Esgrima de florete, de espada, de sabre e de baioneta, bem como traz um capítulo sobre equitação. O livro é
ilustrado e contém 157 páginas.
1944 Realizou-se o Campeonato Brasileiro de Esgrima, sendo São Paulo o Estado campeão, e o Rio Grande do Sul o vice-campeão.
1944 Foi editado no Almanaque Sportivo Olympicus, em São Paulo, edição 1943-1944, o trabalho “Esgrima e Biotipologia”, de autoria do Dr. Arnaldo Marsillac, Primeiro Tenente Médico, e de Mário Isola, Mestre de Esgrima.
1944 A Escola de Educação Física da Força Pública do Estado de São Paulo formou 6 Monitores especializados em Esgrima.
1945 “Considerações sobre a Esgrima”, de autoria de Sebastião da Silva Cruz, foi publicado no nº. 19 (julho/agosto), da Revista Brasileira de Educação Física.
1946 Foi editado pela Divisão de Educação Física, do Ministério da Educação e Saúde, o folheto Metodologia do Treinamento Desportivo da Esgrima, de autoria de Inezil Penna Marinho e Sebastião da Silva Cruz, trabalho premiado em segundo lugar no Concurso de Trabalhos sobre Educação Física, promovido por essa entidade em 1944.
1946 Em São Paulo, na Escola de Educação Física da Força Pública, foram formados 6 Monitores de Esgrima.
1948 Participação dos esgrimistas brasileiros nos Jogos Olímpicos de Londres, no período de 29 de julho a 14 de agosto. A equipe era composta de: Joaquim do Couto Simões (Delegado), Helladio Camargo Diniz Junqueira (Técnico), e os atletas Henrique de Aguiar Valim, Fortunato de Barros Camargo, Ferdinando Ludovico Alessandri, Miguel Biancalana, Sabino Salvatore, Omino Scianaméa e Walter Augusto César de Paula.
1950 A Força Pública do Estado de São Paulo editou o Tratado de Esgrima: florete, espada e sabre, atualizado pelo Capitão Adauto Fernandes de Andrade, Mestre d’Armas da Escola de Educação Física, publicação essa autorizada pelo Comando Geral da Corporação em 21 de outubro de 1948.
1951 Nos I Jogos Desportivos Pan-Americanos, realizados em Buenos Aires, no período de 25 de fevereiro a 8 de março, a Esgrima brasileira teve a sua delegação composta de: Joaquim do Couto Simões (Chefe), Hélio de Araújo Vieira (Assistente Técnico), e os esgrimistas Ferdinando Alessandri, Virgílio Damásio de Sá, Luciano Albieri, Maria Eugênia Xavier, Renate Herzog, Nadscha Ziboroff, Dario Marcondes do Amaral, Henrique de Aguiar Vallim, Estevão Molnar, Frederico Taveira Serrão, Sabino Scianameyer, Hugler Matt, Fernando Canteiro Toreli, Adolpho Masine e Odair Castro. Obtiveram as medalhas de bronze Estevão Molnar (Sabre) e a Equipe de Sabre.
1952 No período de 19 de julho a 3 de agosto, foram realizados os Jogos Olímpicos em Helsinque, na Finlândia. A delegação brasileira de Esgrima era composta de: Joaquim Couto Simões (Chefe), Helladio Camargo Diniz Junqueira (Técnico) e os competidores Etienne Molnar, Hélio de Araújo Vieira, César Pekelman, Walter Augusto César de Paula e Dario Marcondes do Amaral.
1955 Nos II Jogos Desportivos Pan-Americanos, na Cidade do México, no período de 12 a 26 de março, a equipe de Esgrima era formada por Joaquim do Couto Simões (Chefe), Virgílio Damásio de Sá (Técnico) e os atletas Heitor de Abreu Soares, Dario Marcondes do Amaral, Aloysio Alves Borges, Nelson Antonio
Moraes Bastos, Mário Azevedo Queiroz, Estevão Etienne Molnar, Maria Yeda Coutinho, Yolanda Coutinho Moraes e Maria Eugênia Mac Guinles Xavier. A Escola de Educação Física do Exército publicou o folheto Manual de Esgrima: generalidades, florete.
1959 Nos Jogos Pan-Americanos em Chicago, a partir de 27 de agosto a 7 de setembro, a Esgrima do Brasil esteve presente com Prospero Gargaglioni (Técnico) e Heitor de Abreu Soares, Renô
Todeschini, Etienne Molnar e Amélia Pacheco Bernardo.
1963 Nos IV Jogos Pan-Americanos, realizados em São Paulo de 20 de abril a 5 de maio, a equipe de Esgrima, formada por Aloysio Alves Borges, Arthur Telles Cramer Ribeiro, José Maria Pereira e Carlos Luís R. Couto, foi agraciada com a Medalha de Prata.
Participaram, também, dos Jogos, os atletas Wanda Mennas Tambascos, Maria Eugênia Xavier, Amélia P. Bernardo, Nara Fiori, Lilia M. Setinger, René Setinger, Ubirajara Sá Gomes, Leonardo Famá, Heitor de Abreu Soares, Reinaldo C. Araújo, Humberto Calabrez Filho, Estevão Molnar, João Antonio Roza, Ronald Silva Marques e Eric Tinoco Marques.
1967 Nos V Jogos Pan-Americanos, em Winnipeg, no período de 26 de julho a 6 de agosto, na prova de espada individual, Arthur Cramer Ribeiro conquistou pela primeira vez na história da Esgrima brasileira o ouro individual. Obteve o Brasil, por equipe, a vitória sobre o Peru e a Colômbia, perdendo apenas para os Estados Unidos. A equipe brasileira era composta de: Humberto Calabrez (Chefe), Carlos Rodrigues do Couto, Dario Marcondes do Amaral, José Maria de Andrade Pereira e Arthur Telles Cramer Ribeiro.
1968 Na Cidade do México foram realizados os Jogos Olímpicos, de 12 de outubro a 27 do mesmo mês. A equipe de Esgrima tinha como seus componentes o Cel. Eric Tinoco Marques, na qualidade de Chefe e Técnico, e os esgrimistas Arthur Telles Cramer Ribeiro, Dario Marcondes Amaral, Carlos Luiz Couto e José Maria Pereira.
1971 Nos Jogos Desportivos Pan-Americanos, efetuados em Cali, entre 30 de julho e 13 de agosto, a equipe de Esgrima estava formada por Manu Marques (Chefe), Heitor de Abreu Soares (Técnico) e os
atletas Arthur Telles Cramer Ribeiro, Dario Marcondes do Amaral, José Maria de Andrade Pereira e Marcus Alves Borges.
1973 “Esgrima”, artigo de autoria de Arthur Cramer, foi publicado na Revista Brasileira de Educação Física, ano 5, n° 13, de janeiro/fevereiro, escrito por solicitação do DED/MEC, com vista à introdução
da Esgrima nos Jogos Estudantis Brasileiros-JEBs de 1973.
1973 A Esgrima foi incluída no rol das atividades desportivas dos V Jogos Estudantis Brasileiros pela primeira vez. A sede dos JEBs foi a cidade de Brasília. Sagrou-se campeão de florete e espada o gaúcho Adriano Kalis Escada e, por equipe masculina, também os gaúchos e os paulistas foram os vice-campeões.
1974 Nos VI Jogos Estudantis Brasileiros, os brasilienses, alunos do Colégio Marista de Brasília, conquistaram o 4° lugar em florete e o 5° lugar em espada. A iniciativa da prática da Esgrima coube
aos Padres Maristas com o apoio de Wedner Cavalcante, um dos fundadores da Federação Goiana de Ginástica. Os JEBs foram efetuados em São Paulo. O campeão em florete e espada foi o gaúcho José Antonio Andreatta. Por equipe, os estudantes gaúchos foram os campeões, e os vice-campeões foram os cariocas.
1975 Entre 12 e 26 de outubro, a Esgrima brasileira esteve presente nos Jogos Pan-Americanos realizados na cidade do México, com Humberto Calabrez (Chefe), Dario Marcondes do Amaral (Técnico), Andréa Cohon Giovani, Márcia da Silva, Arthur Telles Cramer Ribeiro, Francisco Itálico Buonafina, Frederico José França Barreira de Alencar, Ronaldo Vadson Schwantes, Sandor Kiss e Ubirajara de Sá Gomes. O Brasil conquistou a medalha de bronze, por equipe, em espada.
1976 Nos Jogos Olímpicos de Montreal, no período de 17 de julho a 1° de agosto, houve a participação de Arthur Telles Cramer Ribeiro, na Esgrima, que concorreu em espada, classificando-se em 38° lugar.
1976 Em Porto Alegre foram realizados os VIII Jogos Escolares Brasileiros e, na Esgrima, na prova de florete, foi campeão o paulista Nelson A. do Rego e, na espada, o paranaense Emerson Nogoceki. Por
equipe, o Rio Grande do Sul foi o campeão, e São Paulo o vice-campeão.
1977 Pelo Decreto n° 80.228, de 25 de agosto, foi a Confederação Brasileira de Esgrima-CBE reconhecida como entidade constituída (Art. 36).
1979 Os Jogos Pan-Americanos de San Juan, em Porto Rico, de 1 a 15 de julho, tiveram a presença da Esgrima do Brasil, com Carlos Luiz Rodrigues do Couto (Chefe), Eduard Starzynski (Técnico), Carmen Rozane Masson, Eloisa Brasil de Moraes, Lúcia Maria Soares, Marcia da Silva, Paula Lazzarini, Arthur Telles Cramer Ribeiro, Douglas Veronez Fonseca, Francisco Itálico Buonafina, Ronaldo Vadson Schwantes e Sandor Kiss. Na espada, masculino, Arthur Cramer obteve o oitavo lugar e, por equipe, obteve o quarto lugar, com Francisco, Douglas, Ronaldo e Cramer.
1981 Após anos de ausência, isto é, desde os Jogos Estudantis Brasileiros de 1976, e como resultado dos contatos entre a SEED/MEC e a Confederação Brasileira de Esgrima, a Esgrima retornou aos JEBs. Destacou-se o estudante paulista Antonio Augusto Telles Machado, sagrando-se campeão individual de florete, espada e sabre. O campeão por equipe foi o Rio Grande do Sul, com Elizabeth Santa Lúcia (direção) e os atletas Régis Lobo, Luciano Finardi, Haroldo Heidrich, Johnny Araújo, José Luiz Saran da Roza, Ricardo Menalda, Jarbas Trois e Rogério Dutra Pereira. No florete, foi campeã a gaúcha Maria Jaqueline da Costa Machado. Pela equipe feminina sagrou-se São Paulo, constituída de Sandor Kiss (Direção) e as atletas Eloá do Amaral, Flora Freire da Silva, Laura Mangiaterra e Nícia Cristina Monteiro.
1983 Nos Jogos Pan-Americanos, em Caracas, no mês de agosto, do dia 14 ao dia 29, esteve presente a Esgrima brasileira com Luís Lopes Filho (Chefe), Robert Vangenot (Técnico), Heitor de Abreu Soares (Técnico), os esgrimistas Arthur Telles Cramer Ribeiro, Nelson Calvoso Pinto Homem, Ronaldo Vadson Schwants, Antonio Augusto Telles Machado, Fernando Luis Fiorio Calza, Roberto Lazzarini, Ana Emilia Becker Maciel, Heloisa Brasil de Moraes, Marcia Silva Leonelli e Carmen Rozane Masson. Os esgrimistas brasileiros tiveram, em período anterior aos Jogos, treinamentos em Davos, na Suíça, e em Viena, na Áustria, onde participaram do Campeonato Mundial de Esgrima. Em Caracas, no florete feminino, participaram quatro atletas brasileiras, em espada com cinco homens e no florete masculino com um esgrimista. Na prova de espada, a equipe masculina obteve o 5° lugar.
1987 O Conselho Nacional de Desportos-CND, através da Resolução n° 14, dispôs sobre o registro de Técnicos Desportivos aos concludentes de Cursos de Mestre D’Armas da Escola de Educação Física do Exército.
2003 A Delegação Brasileira de Esgrima, participante dos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, apresentou-se com 12 atletas do sexo masculino e 4 atletas do sexo feminino.
Fontes
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Fonte: DA COSTA, LAMARTINE (ORG.). ATLAS D O ESPORTE N O BRASIL . RIO DE JANEIRO: CONFEF, 2006.