Esgrima história escola

Hugo Mattos

Hugo Mattos https://institutotouche.org.br/wp-content/themes/fildisi/images/empty/thumbnail.jpg 150 150 Redação Redação https://secure.gravatar.com/avatar/a9c82484ddc8f7aed43e31b2178c0d99?s=96&d=mm&r=g

Hugo Mattos

Iniciou a prática de esgrima, em 1936, no Clube de Regatas Tietê, tendo como mestre Aníbal Marcondes do Amaral e Frederico Moreira. Complementou seu aprendizado com o uruguaio Antonio Caballero. Diplomado pela Escola de Educação Física da Força Pública do Estado. Fundador da sala de armas do E.C. Banespa. Entre as várias provas vencidas, destacam-se: 1o Eliminatória do Torneio para Noviços (1939), Campeonato Brasileiro por Equipes (1941), Torneio em Homenagem aos Mestres (1942), Torneio Felipo Corridoni (1945), Torneio Sílvio Magalhães Padilha (1951), terceiro lugar nos Jogos Pan-Americanos (1951), Buenos Aires.

Fonte: SILVA, Armando Sérgio da. Uma oficina de atores: a escola de arte dramática de Alfredo Mesquita. São Paulo: Edusp, 1987

Atletas Olímpicos Brasileiros

Atletas Olímpicos Brasileiros https://institutotouche.org.br/wp-content/themes/fildisi/images/empty/thumbnail.jpg 150 150 Redação Redação https://secure.gravatar.com/avatar/a9c82484ddc8f7aed43e31b2178c0d99?s=96&d=mm&r=g

Pesquisa desenvolvida pelo grupo de estudos olímpicos da Usp – GeoUSP, orientado pela professora doutora Kátia Rúbio.

Lista com todos os atletas olímpicos brasileiros até a Olimpíada de Londres 2012

Link:
https://www.researchgate.net/publication/281178503_Atletas_Olimpicos_Brasileiros

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  • A esgrima brasileira esteve presente  em 12 edições dos Jogos Olímpicos a partir de 1036, em Berlim, edição dos Jogos na qual foi jogado o maior número de provas – 16 no total (à exceção da edição Rio 2016) com a participação de 6 atletas.
  • Londres 1948 recebeu a maior delegação da esgrima brasileira, com 7 atletas, até os Jogos Rio 2016, onde tivemos 16 atletas, nas três armas.
  • A participação  das atletas femininas nos Jogos,  iniciada com Hilda Von Puttkammer, em 1936, foi retomada em 2004 com Maria Júlia de Castro Herkoltz e Élora Ugo Pattaro. De 1936 até a Rio 2016,  dos 44 atletas brasileiros que participaram dos Jogos Olímpicos, 10 eram mulheres.
  • O  atleta Moacyr Dunham foi o que mais provas jogou em uma única edição dos Jogos Olímpicos, 5 em Berlim 1936, tendo participado das provas nas três armas.
  • Renzo Agresta é o atleta que esteve presente em um maior número de edições dos Jogos: Atenas 2004, Beijing 2008, Londres 2012 e Rio 2016.

1936 Jogos Olímpicos de Berlim:

Ennio Carvalho de Oliveira Espada – Individual e Equipe, Florete Equipe e Sabre – Individual
Ferdinando Ludovico Alessandri Florete  e Sabre Individual
Henrique de Aguiar Vallim Espada – Individual e Equipe
Hilda Von Puttkammer Florete Individual
Moacyr Dunham Espada – individual e Equipe, Florete  Individual e Equipe e Sabre – Individual
Ricardo Vagnotti Florete Individual e Equipe
1948 Jogos Olímpicos de Londres:
Etienne Molnar Sabre Individual
Ferdinando Ludovico Alessandri Florete Individual
Fortunato Barros Camargo Espada Individual e Equipe
Henrique de Aguiar Vallim Espada Individual e Equipe
Miguel Biancalana Espada Individual e Equipes
Sabino Salvatori Scianamea Espada Equipe e Florete Individual
Walter Augusto César de Paula Espada Equipe
1952 Jogos Olímpicos de Helsinque:
César Pekelman Espada Individual e Equipe
Dario Marcondes Amaral Espada Individual e Equipe
Etienne Molnar Sabre Individual
Hélio de Araújo Vieira Espada Equipe
Walter Augusto César de Paula Espada Individual e Equipe
1968 Jogos Olímpicos do México
Arthur Telles Cramer Ribeiro Espada Individual e Equipe
Carlos Luiz Rodrigues do Couto Espada Individual e Equipe
Dario Marcondes Amaral Espada Individual e Equipe
José Maria de Andrade Pereira Espada Equipe
1976 Jogos Olímpicos de Montreal
Arthur Telles Cramer Ribeiro Espada Individual
1988 Jogos Olímpicos de Seul
Antônio Augusto Telles Machado Espada Individual e Equipe e Florete Individual
Douglas Veronez Fonseca Espada Individual e Equipe e Florete Individual
Régis Trois de Ávila Espada Equipe e Sabre Individual
Roberto Lazzarini Espada Individual e Equipe , Florete Individual
1992 Jogos Olímpicos de Barcelona
Francisco Raymis Papaiano Espada Individual
Luciano Finardi Espada Individual
Ricardo Menalda Sabre Individual
Roberto Lazzarini Espada Individual
2000 Jogos Olímpicos de Sydney
Marco Antônio T. Martins Florete Individual
2004 Jogos Olímpicos de Atenas
Maria Júlia de Castro Herklotz Florete Individual
Élora Ugo Pattaro Sabre Individual
Renzo Pasquale Zeglio Agresta Sabre Individual
2008 Jogos Olímpicos de Beijing
João Antônio de Albuquerque e Souza Florete Individual
Renzo Pasquale Zeglio Agresta Sabre Individual
2012 Jogos Olímpicos de Londres
Athos Marangon Schwantes Espada Individual
Guilherme Amaral Toldo Florete Individual
Renzo Pasquale Zeglio Agresta Sabre Individual

2016 Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro
Alexandre Pereira de Camargo Espada Equipe
Amanda Netto Simeão Espada Individual e Equipe
Ana Beatriz Di Rienzo Bulcão Florete Individual
Athos Marangon Schwantes Espada Individual e Equipe
Fernando Augusto Scavasin Florete Equipe
Ghislain Gabriel Perrier Florete Individual e Equipe
Guilherme Amaral Toldo Florete Individual e Equipe
Guilherme Melaragno Espada Individual e Equipe
Henrique Tavian Pereira Marques Florete Individual e Equipe
Katherine de Greffin Miller Espada Equipe
Marta Baeza Centurion Sabre  Individual
Nathalie Marie Moelhausen Espada Individual e Equipe
Nicolas Masso Ferreira Silva Espada Individual e Equipe
Raissa Costa de Oliveira Espada Individual e Equipe
Renzo Pasquale Zeglio Agresta Sabre Individual
Tais de Morais Rochel Florete Individual
Por: Heitor Shimbo Carmona

Fonte: Arquivo do Departamento Cultural e Memória Olímpica do COB.

Pesquisado em: http://cbesgrima.org.br/atletas-olimpicos/

Instituto Touché

Instituto Touché https://institutotouche.org.br/wp-content/themes/fildisi/images/empty/thumbnail.jpg 150 150 Redação Redação https://secure.gravatar.com/avatar/a9c82484ddc8f7aed43e31b2178c0d99?s=96&d=mm&r=g

Instituto Touché

O Instituto Touché foi idealizado pelos atletas renomados da esgrima brasileira Fernando Scavasin e Heitor Shimbo após anos de estudos e visitas aos principais polos mundiais da modalidade. Fernando é atleta Olímpico (Rio 2016), medalhista nos Jogos Pan-Americanos (2011 e 2015), medalhista no Campeonato Mundial Militar (2010) e possui mais de 17 anos de equipe adulta brasileira adulta. Heitor é medalhista nos Jogos Pan-Americanos (2011 e 2019), medalhista de Copa do mundo Satélite (2015), Medalhista de Jogos Sul-Americanos (2002, 2006, 2010 e 2018); e está há mais de 18 anos na equipe brasileira principal.

A fundação do Instituto ocorreu no dia 29 de maio de 2017 e contou com a presença de Fernando Augusto Dias Scavasin, Heitor Shimbo Carmona, Fabiana Voltan Mathias, Elton Shimbo Carmona, Regiane Moledo Koga e Yuzo Koga, que foi escolhido como o primeiro presidente.

Nossa missão é popularizar a esgrima, formando alunos por meio de estímulos de habilidades motoras, técnicas, táticas e comportamentais, tendo como valores a ética, educação, excelência, comprometimento, simplicidade e respeito pelas individualidades.

Nossos pilares são: o desenvolvimento do indivíduo utilizando os conceitos presentes na carta olímpica; a popularização do esporte através de metodologia criada por seus fundadores após mais de 10 anos de estudo em 35 países do mundo; a captação de talentos como fruto do incremento da quantidade e qualidade de alunos; e a sustentabilidade financeira, uma vez que visamos o cumprimento e continuidade de nossa missão social.

O Instituto está alicerçado em um projeto de longo prazo de desenvolvimento e popularização da modalidade no Brasil, que engloba diferentes aspectos e etapas de evolução, abrangendo a construção e implementação de metodologia de treinamento em esgrima, a formação de professores, o fomento à indústria nacional e o resgate e a preservação da memória da esgrima.

Entre as ações já desenvolvidas, estão a implementação de prática de esgrima em colégios do estado de São Paulo, a realização de curso de formação de professores, o desenvolvimento de equipamento para a prática doméstica de esgrima, feito de material reciclável (Esgrimapet) e oferecimento de aulas virtuais gratuitas da modalidade.

Fonte: Instituto Touché

Henrique Tavian Pereira Marques

Henrique Tavian Pereira Marques https://institutotouche.org.br/wp-content/themes/fildisi/images/empty/thumbnail.jpg 150 150 Redação Redação https://secure.gravatar.com/avatar/a9c82484ddc8f7aed43e31b2178c0d99?s=96&d=mm&r=g

 

“Foi meu primeiro Jogos Panamericanos (Lima 2019). Eu infelizmente não qualifiquei para a prova individual e isso me fez querer jogar com mais vontade ainda a prova por equipes. Tivemos o México pela frente, logo nas quartas de final. O combate foi equilibrado no começo, mas depois abrimos e ganhamos com certa tranquilidade. O combate seguinte era contra o Canadá. Nossa equipe vinha de uma derrota amarga contra a equipe do Canadá no campeonato Panamericano de esgrima que havia ocorrido alguns meses antes. Essa era nossa chance de revanche. Começamos o combate muito mal, eles abriram uma diferença considerável. Quando entramos no segundo terço do combate, do modo como as coisas estavam indo e como estávamos jogando, achei que iríamos perder o combate. Até eu entrar para jogar contra o atleta canadense Van Haaster. O Van Haaster era o atleta mais forte dessa equipe do Canadá, inclusive já me eliminando em uma prova individual em um Panamericano passado. Eu não tenho facilidade para jogar com ele, mas por outro lado, eu tenho um histórico positivo em combates por equipes. Eu entrei no combate com um placar desfavorável e depois de fazer um dos melhores combates por equipes que eu já fiz, conseguir deixar a diferença de apenas 1 ponto. A equipe tinha voltado. Meus companheiros de equipe se mostravam muito mais animados e desse combate para frente, jogamos todos bem. Heitor Shimbo manteve a diferença e eu no combate seguinte também. Faltava o Toldo jogar com o Van Haaster para fechar o combate. Estava 40×39 para eles e nós estávamos muito apreensivos. Mas como eu disse antes, nossa equipe tinha voltado ao passo que a equipe do Canada tinha perdido o ânimo. Ganhamos 45×43. Infelizmente perdemos a final para a equipe número 1 do mundo, Estados Unidos. Mas foi uma prata com gosto de ouro!”

Fonte: Henrique Tavian Pereira Marques em 20/06/2020

História contada por Henrique Marques sobre o Campeonato Mundial Juvenil de 2013

https://esgrimanaescola1.websiteseguro.com/fotos/tiny18570/

FEDERAÇÃO PAULISTA DE ESGRIMA

FEDERAÇÃO PAULISTA DE ESGRIMA https://institutotouche.org.br/wp-content/themes/fildisi/images/empty/thumbnail.jpg 150 150 Redação Redação https://secure.gravatar.com/avatar/a9c82484ddc8f7aed43e31b2178c0d99?s=96&d=mm&r=g

HISTÓRIA – FEDERAÇÃO PAULISTA DE ESGRIMA

​A esgrima começou no Brasil durante o período imperial devido
ao interesse de Dom Pedro II na modalidade.

Em 1858, é estabelecida a esgrima regimentalmente para os cursos de Infantaria e Cavalaria da Escola Militar de Realengo e ocorre a fundação de uma escola de esgrima no Batalhão de Caçadores de São Paulo.

Constituiu-se em 1914 a União Paulista de Esgrima, que deuorigem à Federação Paulista de Esgrima em 1925.

​Em 5 de junho de 1925 é fundada a Federação Paulista de Esgrima, com 92 anos.

Nove décadas de atividades da Federação Paulista de Esgrima e aos seus esgrimistas.

Em 1927, Fundação da União Brasileira de Esgrima, antecessora da Confederação Brasileira de Esgrima (CBE).

Em 1928, Primeiro campeonato brasileiro nas armas de florete, espada e sabre masculino. São Paulo sagrou-se campeão.

Em 1963, nos IV Jogos Pan-Americanos, em São Paulo, a equipe de Espada masculina do Brasil conquistou uma Medalha de Prata.

Desde então a Federação Paulista de Esgrima, têm se destacado na esgrima brasileira e paulista com vários títulos conquistados.

Fonte: Federação Paulista de Esgrima | Pró-Memória Hans Nobiling | Confederação Brasileira de Esgrima

Link: https://www.esgrimasp.org.br/esgrima-sao-paulo

Cadeirantes dirigentes ou professores no Brasil

Cadeirantes dirigentes ou professores no Brasil https://institutotouche.org.br/wp-content/themes/fildisi/images/empty/thumbnail.jpg 150 150 Redação Redação https://secure.gravatar.com/avatar/a9c82484ddc8f7aed43e31b2178c0d99?s=96&d=mm&r=g

Segue resultado da pesquisa realizada pelo Instituto Touché em 15/06/2020

Mulheres dirigentes ou professoras no Brasil

Mulheres dirigentes ou professoras no Brasil https://institutotouche.org.br/wp-content/themes/fildisi/images/empty/thumbnail.jpg 150 150 Redação Redação https://secure.gravatar.com/avatar/a9c82484ddc8f7aed43e31b2178c0d99?s=96&d=mm&r=g

Segue resultado da pesquisa realizada pelo Instituto Touché em 14/06/2020

Pessoas negras dirigentes ou professores no Brasil

Pessoas negras dirigentes ou professores no Brasil https://institutotouche.org.br/wp-content/themes/fildisi/images/empty/thumbnail.jpg 150 150 Redação Redação https://secure.gravatar.com/avatar/a9c82484ddc8f7aed43e31b2178c0d99?s=96&d=mm&r=g

Segue resultado da pesquisa realizada pelo Instituto Touché em 09/06/2020

Relatório de competição enviado após mudanças na gestão da equipe em 2013

Relatório de competição enviado após mudanças na gestão da equipe em 2013 https://institutotouche.org.br/wp-content/themes/fildisi/images/empty/thumbnail.jpg 150 150 Redação Redação https://secure.gravatar.com/avatar/a9c82484ddc8f7aed43e31b2178c0d99?s=96&d=mm&r=g

Relatório de competição Mundial Budapeste

Relatório de competição Mundial Budapeste

Hotel: O suficiente, cama boa e chuveiro bom
Transporte: O sufiente, havia ônibus que cumpria o horário de ida e volta para o local da competição.
Alimentação: Nos dias que éramos obrigados a comer no hotel, a alimentação era ruim e cara. Quando comemos fora do hotel a comida era boa e barata.
Organização e estrutura da competição: Perfeita em todos os sentidos.
Meu resultado: Péssimo, não consegui aplicar o que estava treinando no clube e no torneio nacional, tudo estava fora de tempo e distânica, quando acertava estes dois eu errava a ponta, repeti o mundial passado em termos de resultado mas poderia ter ido muito mais além se tivesse conseguido aplicar o que eu treinei. Fiquei mais triste pelo meu jogo do que pelo resultado, apesar de este último ter ficado abaixo das minhas expectativas. Dois dias antes da prova eu “bati” nos treinos no russo que ficou entre os 8 e no russo que ficou com o bronze.
Tivemos o pior resultado dos mundiais que participei na competição por equipes, não acertamos nada, não sei dizer o que ocorreu. O máximo que consigo achar de erro é que nos jogamos ao ataque quando ficamos atrás no placar.

Observações gerais:
– Sugiro que reuniões pesadas como foi a primeira reunião onde se disse as novas da Cbe sejam feitas ou bem antes de uma competição importante ou depois dela, não acho que se crie o melhor ambiente fazendo uma reunião no molde que foi 1 ou 2 dias antes de uma competição importante como o mundial.

– Ao contrário do que se disse na primeira reunião, tenho convicção que as equipes de Florete Masculino, Espada Feminina e Sabre Masculino do Brasil sejam mais unidas que a média das equipes da Itália.

– O acidente que ocorreu com a Cléia foi lastimável e merece uma revisão nos procedimentos da Cbe e atletas com relação ao “conhecimento do local” quando chegamos em uma cidade nova. Assim como na Rússia, onde o povo local pede para ter cuidado com os russos em determinadas regiões, e evitando estas regiões não temos problema algum para sair em qualquer horário do dia ou da noite, temos que perguntar isto para o povo local em qualquer cidade nova que chegamos. O médico Gustavo encontrou um grupo com as mesmas características dos infratores que abordaram a Cléia um dia antes no estádio de futebol ao lado da competição.

– O Gustavo é muito abaixo tecnicamente do Bernadino e da médica dos cadeirantes. Seguem alguns exemplos:
No avião, na ida para o mundial, falei para ele que estava com a entorse no tornozelo, ele sem encostar no meu pé, perguntou o que tinha feito e me deu um aparelho chamado Tranix e pediu para eu utilizar com o botão H ligado, fiz as sessões que ele pediu no vôo de ida para o mundial além das sessões de gelo, no dia seguinte meu pé estava doendo muito mais comparado à quando sai do Brasil, liguei para o fisioterapeuta do Pinheiros e ele me falou que o Tranix não tem função de anti-inflamatório e que servia apenas para limitar a dor, falou que no meu caso era aconselhável utilizar com o botão L ligado, utilizei do modo que o fisio mandou e a dor voltou a ficar como estava.
Um dia antes da competição eu perguntei para ele o que era melhor eu fazer no meu pé no dia da competição, ele falou que faria uma kinesio, fui ao quarto dele no começo da noite e ele fez a kinesio no meu tornozelo, no mesmo dia a noite a kinesio caiu. Entretanto não podemos desmerecer o Gustavo no quesito solícito, a todo momento ele estava a disposição de todos, no meu caso utilizei ele para o spray de gelo no tornozelo após os jogos.

– Precisei da ajuda da médica dos cadeirantes e da Silvia durante a competição, a primeira me ajudou a entender o porque de meu pé não ter desinchando e a Silvia fez uma bota de esparadrapo para eu jogar a prova sem dor.

– Na minha empresa eu costumo ter melhores resultados dos funcionários quando crio pressão mas em um ambiente agradável, a minha impressão é que tivemos pressão (o que considero bom) mas em um ambiente péssimo, para falar a verdade fazia bastante tempo que eu não via um ambiente tão pesado em competições, talvez tenha sido impressão minha.

– A todo momento que eu cheguei próximo de algum não atleta da equipe brasileira eu ouvia alguém falando mal de algum brasileiro jogando, ouvi reclamações do jogo de pernas da Élora, da Rayssa nas equipes, da Tais nas equipes, que ciclano perdeu a confiança,  etc… Tenho a impressão que assim não se crie um melhor ambiente para o melhor resultado dos atletas. Particularmente prefiro quando após o jogo temos uma conversa com cada atleta tentando encontrar o que errou e no que precisa treinar mais.

– A minha impressão é que todos da delegação tiveram os resultados esperados ou abaixo do esperado, normalmente quando temos uma delegação grande, cerca de 2 ou 3 atletas ultrapassam as expectativas, nisto esta competição foi diferente.

– Apesar de respeitar o novo critério de escolha dos atletas que compõe as equipes nacionais, gostaria de apresentar aqui meus argumentos e exemplos históricos contra o método de escolha subjetiva apresentado para os terceiros e quartos colocados do ranking nacional.

  • Em todos estes anos de esgrima, a única exceção que ví ter melhores resultados a curto, médio e longo prazo com critérios subjetivos foi o Cerioni da Itália, em todos os outros casos que acompanhei mais de perto eu só ví ações prejudiciais aos melhores resultados de curto, médio e longo prazo.
  • O Bauer (técnico da equipe da Rússia) escreveu um artigo no jornal escrevendo que a Rússia só tinha dois atletas talentosos no sabre masculino, o campeão mundial deste ano não era um dos dois nomes e foi treinar longe da equipe nacional. Segundo o Alkhas o campeão mundial de 2013 só foi para o mundial porque estava entre os dois primeiros do ranking russo, caso estivesse em terceiro (onde a escolha é subjetiva) não iria ao mundial.
  • A equipe de florete masculino inteira da Rússia conta que antes do Cerioni todas as escolhas da equipes russas eram praticamente subjetivas/políticas.
  • O Choi (medalha de bronze na olímpiada de Londres) está fora da equipe da Korea por conta do critério subjetivo/político
  • Tenho certeza de que a equipe do México de florete masculino seria muito melhor hoje senão fosse toda a questão dos critérios subjetivos que sempre teve no México, nomes extremamente fortes como Ortega, De la Concha, Runco, etc… saíram da esgrima por conta de critérios subjetivos e políticos.
  • A equipe de florete masculino da Venezuela é outro caso de exemplo onde historicamente o critério subjetivo/político foi mais forte que os resultados apresentados.
  • A equipe de espada feminina da Itália do ciclo passado foi outra prejudicada com o critério subjetivo/político.
  • O próprio Chicca viveu problema político na equipe de sabre masculino da Itália.
  • O treinador polônes do El Sayed (prata olímpica em Londres) abandonou o Egito após a Olimpíada onde o comitê local escolheu o terceiro atleta da equipe de florete masculino (obs: a equipe do Egito pegou medalha em Copa do Mundo no ano da Olimpíada).
  • etc… etc….
  • Nos EUA (equipe que mais cresce no mundo) o único critério de escolha das equipes é ranking
  • Em 2010 durante uma janta em Ravena, o Chicca defendeu que ou eu ou o Heitor deveria estar fora da equipe para ser colocado o Dornelles, o qual nunca ganhou nenhuma medalha em sequer um Torneio Nacional, o tempo mostrou qual caminho o Erick seguiu.
  • O Toldo conquistou a vaga dele vindo do Juvenil sem ninguém “dar” a vaga para ele.
  • Sou da linha que pensa que se o ranking não atende as necessidades atuais, que se mude a fórmula do ranking com a devida antecedência
  • Enfim, na minha opinião, baseada no que ví no mundo, estamos implantando no Brasil um critério que dá errado onde é implantado e estamos na esperança de termos um critério igual à exceção da exceção que é o Cerioni, o qual segundo o Gali (técnico do Toldo) “É muito difícil substituir o Cerioni, ele é único e insubstituível”. Sou a favor de que este critério seja revisto ou ao menos “quase nunca” utilizado.
– Conforme calendário apresentado ao Técnico da equipe de florete (Teixeira) e Head Coach (Chicca), entro em férias pós mundial, jogarei o TNCRJ sem treinar e após o Rio começarei meu trabalho de base visando a temporada internacional, inclusive jogando o Sul-Americano e Brasileiro em uma fase de treinos de força e resistência (estarei mais lento).

À disposição

Fernando Scavasin