Esgrima história escola

ESGRIMA COMO CONTEÚDO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

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ESGRIMA COMO CONTEÚDO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Segue link da publicação científica:

ESGRIMA COMO CONTEÚDO NA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

Fonte: Mestre Pereira em 19/06/2020

Escola Secundária de Emídio Navarro

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Escola Secundária de Emídio Navarro

Segue link da apostila:

Escola Secundária de Emídio Navarro Viseu – Esgrima

Fonte: Mestre Pereira

O ENSINO DE ESGRIMA EM CADEIRA DE RODAS NO BRASIL

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O ENSINO DE ESGRIMA EM CADEIRA DE RODAS NO BRASIL

Segue link da publicação acadêmica:

DISSERTAÇÃO – PEREIRA

Fonte: Mestre Pereira 19/06/2020

PROPOSTA DE INSTRUMENTO DE SCOUT PARA ANÁLISE DO DESEMPENHO DE ATLETAS DE ESGRIMA EM CADEIRA DE RODAS

PROPOSTA DE INSTRUMENTO DE SCOUT PARA ANÁLISE DO DESEMPENHO DE ATLETAS DE ESGRIMA EM CADEIRA DE RODAS https://institutotouche.org.br/wp-content/themes/fildisi/images/empty/thumbnail.jpg 150 150 Redação Redação https://secure.gravatar.com/avatar/a9c82484ddc8f7aed43e31b2178c0d99?s=96&d=mm&r=g

PROPOSTA DE INSTRUMENTO DE SCOUT PARA ANÁLISE DO DESEMPENHO DE ATLETAS DE ESGRIMA EM CADEIRA DE RODAS

Segue link da publicação acadêmica:

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ANÁLISE DO PERFIL ANTROPOMÉTRICO E MOTOR DOS PRATICANTES DE ESGRIMA EM CADEIRA DE RODAS

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ANÁLISE DO PERFIL ANTROPOMÉTRICO E MOTOR DOS PRATICANTES DE ESGRIMA EM CADEIRA DE RODAS

Segue link do arquivo:

ANÁLISE DO PERFIL ANTROPOMÉTRICO E MOTOR DOS PRATICANTES DE ESGRIMA EM CADEIRA DE RODAS

Fonte: Mestre Pereira 19/06/2020

A esgrima brasileira: 200 anos (Por Mario Ribeiro Cantarino Filho)

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A esgrima brasileira: 200 anos

Brazilian fencing: 200 years

Por MARIO RIBEIRO CANTARINO FILHO

1804 O Tenente Teotônio Rodrigues de Carvalho, membro de um Regimento de Infantaria da Bahia, publica em Lisboa a obra “Tratado Completo do Jogo de Florete”, traduzido dos melhores autores franceses.
1810 Pela Carta Régia, de 4 de dezembro, foi criada a Academia Real Militar, no Rio de Janeiro, posteriormente nomeada Escola Militar. Nos programas de ensino que foram sendo alterados com o passar dos anos, havia a prática das armas.
1858 O Decreto n° 2.116, de março, determinou, para os Cursos de Infantaria e Cavalaria da Escola Militar, Rio de Janeiro, a prática obrigatória da Esgrima e da Natação. Foi nomeado Antonio Francisco
da Gama para a função de Mestre de Esgrima.
1858 A Esgrima, a Ginástica e a Natação tornaram-se obrigatórias na Escola da Marinha, Rio de Janeiro, havendo um Mestre de Esgrima, e prática na frequência de uma vez por semana.
1860 Foi nomeado Instrutor de Ginástica do Depósito de Aprendizes de Artilheiros, situado na Fortaleza de São João, Rio de Janeiro, o Capitão José Ferreira Costa. Constava do programa dessa instituição a Esgrima, a Natação e a Ginástica.
1866 Pelo Decreto n° 3.705, do dia 22 de setembro, determinou-se a prática da Esgrima, Natação e Ginástica no Curso Preparatório anexo à Escola Militar.
1868 Foi fundado no dia 31 de outubro, no Rio de Janeiro, o Clube Ginástico Português para o ensino da Ginástica e da Esgrima. Em 1877 recebeu o Alvará do Rei de Portugal D. Luis I e, por Decreto da Princesa Imperial do Brasil, teve o título de Real Sociedade Clube Ginástico Português.
1869 Ao retornar da Guerra do Paraguai, como Major, Peter Wilhelm Meyer, de origem alemã, assumiu suas funções na Escola Militar, nomeado que foi em 1860. Em seu regresso, passou a ser Instrutor de Esgrima, Ginástica (linha de Jahn) e Natação.
1871 O Decreto n° 4.720, de 22 de abril, conservou a obrigatoriedade da prática da Esgrima, uma vez por semana, da Ginástica e da Natação na Escola da Marinha.
1874 Pelo Decreto n° 5.529, de 17 de janeiro, ficou definido que na Escola Preparatória anexa à Escola Militar fosse dada a instrução referente à Ginástica, Natação, Esgrima de espada e baioneta e Equitação. E para a Esgrima seriam admitidos dois Mestres.
Posteriormente, regulamentos surgidos de 1889 a 1919 conservaram os mesmos padrões do de 1874.
1874 Amaro Ferreira das Neves Armonde, autor da tese “Da educação física, intelectual e moral da mocidade no Rio de Janeiro, e de sua influência sobre a saúde”, apresentada à Faculdade de Medicina, preconizou, entre diversas atividades a serem praticadas, a Esgrima.
1880 O anúncio de abertura do Colégio São Pedro de Alcântara, na cidade do Rio de Janeiro, apresentava, entre as suas atividades, a Esgrima, o salto, a carreira e outras atividades.
1884 Na Escola Militar do Rio Grande do Sul, pelo Decreto n°9.251, de 16 de junho, incluiu-se em seu programa a Esgrima, a Ginástica, a Natação e a Equitação.
1885 O Decreto n° 9.611, de 26 de junho, reuniu a Escola da Marinha e o Colégio Naval, sob a denominação de Escola Naval, mantendo os exercícios de Esgrima, Natação e Ginástica.
1889 No dia 9 de março, o Decreto n° 10.202 criou o Imperial Colégio Militar, incluindo em sua programação de atividades, a Esgrima, a Natação, a Ginástica, o Tiro ao Alvo e as evoluções militares.
1890 Pelo regulamento da instrução primária e secundária do Distrito Federal, na escola primária de segundo grau, para alunos de 13 a 15 anos, a Ginástica era constituída de exercícios com aparelhos,
evoluções militares e manejo de armas, incluindo a Esgrima de espada e florete. E, na reforma do ensino na Escola Normal, também foi incluída a Esgrima, bem como no ensino secundário.
1890 O Decreto n° 330, de 12 de abril, esclareceu normas para a criação da Sala de Armas nas Escolas Militares do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
1890 No Programa do Ginásio Nacional, entre as suas disciplinas constavam a Esgrima, a Ginástica e as Evoluções Militares, com a previsão de professores para tais atividades.
1890 No Plano de Ensino do Colégio Militar, segundo o Decreto n°371 de 2 de maio, entre as matérias preconizadas havia o manejo das armas em uso, Tiro ao Alvo e Esgrima.
1891 Para o curso superior de três anos da Escola Naval, o Decreto n° 1.256, de 10 de janeiro, estabeleceu a Esgrima de florete e de espada, com a previsão de um Mestre para tais armas.
1894 No Regulamento de Ensino do internato do Ginásio Nacional, havia entre as disciplinas, a Ginástica, a Esgrima e a Natação.
1898 As disciplinas Ginástica, Esgrima e Natação eram ministradas, uma hora por semana, para cada série do internato e externato do Ginásio Nacional, situado no Rio de Janeiro.
1898 Os esgrimistas italianos Giuseppe Salermo, Giasintho Sanche e Massanielo Parisi, chegaram a São Paulo e lá se radicaram, passando a lecionar a Esgrima. Entre os discípulos, destacou-se o Alferes Pedro Dias de Campos, da Força Pública do Estado de São Paulo. Posteriormente, por iniciativa do Alferes, fundou-se uma Sala de Armas com o nome de seus mestres Giasintho Sanche e Massanielo Parisi.
1899 Foi criada a Escola de Armas no “Esporte Clube Internacional”, em São Paulo.
1901 No mês de janeiro, em São Paulo, o Clube Germânia promoveu um torneio de Esgrima, de cunho internacional, com as armas florete e espada.
1901 O Esporte Clube Internacional, de São Paulo, no mês de agosto, promoveu um evento desportivo, com várias atividades, inclusive com a Esgrima.
1901 No dia 7 de setembro, foi inaugurada a Sala de Armas do “Clube de Esgrima 7 de Setembro”, em São Paulo, na Rua Brigadeiro Tobias, até a criação da “Grande Associação de Esgrimistas”.
1902 No dia 14 de julho, foi criada a Escola de Esgrima de Sabre, Florete e Espada, por iniciativa do 1° Tenente Pedro Dias Campos, no Quartel da Luz, da Força Pública do Estado de São Paulo.
1902 Realizou-se, em São Paulo, um Campeonato Brasileiro de Esgrima, no período de 16 a 27 de julho, sob a organização do Esporte Clube Internacional.
1904 O periódico “A Vida Esportiva”, do mês de agosto, apresentou um levantamento do número de associações esportivas existentes na cidade de São Paulo, no total de 118, sendo 4 de Esgrima.
1904 Realizou-se um torneio público de Esgrima, em São Paulo, no antigo Velódromo, com uma boa assistência.
1905 Foi publicado o livro “Homem forte: Ginástica, Natação, Esgrima, Tiro ao Alvo”, em Curitiba, de autoria do Capitão de Artilharia Domingos do Nascimento. A parte dedicada à Esgrima de espada, versa sobre: preliminares; exercícios sem armas; exercícios com espada; e movimentos e assaltos.
1906 Nos primeiros meses do ano, chegou à Cidade de São Paulo uma Missão Militar, contratada na França, para instruir e reorganizar a Força Pública do Estado de São Paulo.
1906 Foi publicado no Rio de Janeiro, pela Imprensa Nacional, o livro “Esgrima de Espada”, sendo o seu autor o Segundo Tenente de Artilharia Cezar A. Parga Rodrigues. O livro é ilustrado, com 201 páginas, encadernado e no tamanho 18×24 cm. O autor foi instrutor na Sala de Armas da Escola Militar da Praia Vermelha – RJ.
1909 A Escola de Educação Física da Força Pública do Estado de São Paulo formou neste ano Mestres de Armas e Mestres de Ginástica.
1910 Expediente datado de 3 de março, assinado por Washington Luiz Pereira de Souza, então Secretário da Justiça e da Segurança Pública, do Estado de São Paulo, enviado ao Comandante Geral da Força Pública, informava “que fica criado, nessa corporação, um Curso de Esgrima e Ginástica, destinado aos oficiais e elementos da Força Pública…”.
1911 A Força Pública do Estado de São Paulo publicou, em novembro, o “Regulamento da Esgrima para a Fôrça Pública do Estado”, de autoria do Mestre d`Armas, Capitão Delphin Balancier, da Missão Militar Francesa, primeiro Comandante e Diretor do Curso de Esgrima e Ginástica. Faleceu ele na I Guerra Mundial (1914 – 1918).
1913 O Governo do Estado de São Paulo, pelo Decreto n° 2.349 do mês de fevereiro, regulamentou a Seção de Esgrima da Força Pública do Estado.
1913 Publicação do livro “Lições de Armas”, obra que trata da Esgrima, de autoria de Valério Barbosa Falcão.
1922 Como parte dos festejos do Centenário da Independência do Brasil, foram efetuados, no Rio de Janeiro, os Jogos Olímpicos Latino-Americanos, compreendendo diversas modalidades esportivas, entre elas, a Esgrima. Nessa modalidade, na prova de florete, foi campeão o Tenente Oswaldo Rocha, e, na prova de sabre, foi vencedor o Tenente Pélio Ramalho.
1922 No período de 1922 a 1927, o Capitão André Gauthier, da Missão Militar Francesa, foi o Instrutor de Esgrima dos Oficiais do Exército Brasileiro.
1925 Foi fundada a Federação Paulista de Esgrima.
1927 Foi fundada a Confederação Brasileira de Esgrima e, em 1946, já tinha como suas filiadas a Federação Paulista de Esgrima, Federação Metropolitana de Esgrima, Federação Sul-Riograndense
de Esgrima e Escola de Educação Física da Marinha.
1928 Foi realizado no Rio de Janeiro, o I Campeonato Brasileiro de Esgrima, sagrando-se São Paulo como campeão, e o Distrito Federal vice-campeão, provas para o sexo masculino. Neste ano também o Clube de Regatas do Flamengo tornou-se campeão carioca de espada, sendo este o seu primeiro título, entre muitos que alcançou nas décadas seguintes.
1932 Na Revista de Educação Física n° 2 (mês de junho) foi publicado o artigo “Esgrima Moderna”, de autoria de Horácio Santos.
1932 O Centro Militar de Educação Física – RJ formou diversos instrutores e monitores e, entre eles, Monitores de Esgrima.
1933 No n° 4, (mês de janeiro), da Revista de Educação Física foi publicado o artigo “Esgrima no Brasil”, cujo autor foi Joaquim Alves Bastos. No mês de maio, no n° 8, Horácio Santos publicou o artigo “ABC da Esgrima de florete” e no n° 9, (em junho), desse mesmo autor, foi publicado “Esgrima moderna de sabre”. O n° 12, (em novembro), de autoria de Parga Rodrigues, teve o artigo “A Esgrima e a tática”.
1933 Pelo Decreto n° 23.252, de 19 de outubro, foi criada a Escola de Educação Física do Exército, com a competência de formar Instrutores e Monitores de Educação Física, Mestres de Armas e Monitores de Esgrima, bem como fornecer conhecimentos, aos Oficiais, a respeito da direção da Educação Física e da Esgrima.
1933 A Escola de Educação Física do Exército formou 16 Monitores de Esgrima.
1934 A Escola de Educação Física do Exército formou 12 Monitores de Esgrima.
1935 Na Revista de Educação Física, n° 25, (agosto), foi editado o artigo “Notas sobre a história da Esgrima”, de Álvaro Lúcio Areas e, do mesmo autor, no n° 26, publicou-se o artigo “Provas de Esgrima”. O artigo “Esgrima, a arte de saber perder”, de Joaquim Paredes, foi editado no n° 29 (dezembro).
1936 Tiveram início os Campeonatos Brasileiros de Esgrima para o sexo feminino, sendo Leonor Margarido a primeira campeã brasileira no florete.
1936 Foi criada e organizada a seção de Esgrima do Fluminense Football Club, do Rio de Janeiro e, neste ano, o clube participou do campeonato promovido pela Federação Carioca de Esgrima. Thomaz Carrilho Teixeira Gomes foi o primeiro diretor da seção. Este esgrimista, no período de 1939 a 1950, conquistou 11 campeonatos da Cidade do Rio de Janeiro, e foi considerado o Grande Campeão da Esgrima do Fluminense Football Club.
1936 No periódico Educação Física, n° 5 (abril) publicou-se o artigo “Esgrima no Rio de Janeiro”, de Washington Azevedo.
1936 A Escola de Educação Física da Força Pública do Estado de São Paulo, pelo Decreto n° 7.688 de 28 de maio, do Governo Estadual, passou a ter novo Regulamento e entre os seus fins constava formar Mestres de Armas e Monitores de Esgrima.
1936 O artigo “A Esgrima no Rio de Janeiro”, de Washington Azevedo, foi publicado na Revista de Educação Física, n° 31 (maio). No n° 33 (outubro), saiu o artigo “Pela Esgrima”, de autoria de
Francisco Silveira do Prado. Também foi publicado o “Regulamento da Federação Internacional de Esgrima”.
1936 Participou o Brasil dos Jogos Olímpicos de Berlim com uma equipe de Esgrima, sendo Treinador o Sargento Francisco Pinto, da Milícia de São Paulo, com os esgrimistas Ferdinando Alessandri, Moacir Dunham, Ricardo Vagnotti, Henrique de Aguiar Vallim, Enio de Oliveira e a Baronesa Hilda von Puttkammer, no Florete Feminino.
1936 O periódico Correio da Manhã, do Rio de Janeiro, de 18 de novembro, publicou uma biografia esportiva do Coronel Pedro Dias de Campos, referente à “Festa de Gratidão”, onde os esgrimistas
cariocas homenagearam um dos introdutores da Esgrima no Brasil.
1936 Na edição de 2 de dezembro, O Correio da Noite, periódico carioca, publicou, com o título “Esgrima – homenagem a um veterano”, referências sobre a festa que esgrimistas do Rio de Janeiro organizaram para homenagear o Coronel Pedro Dias de Campos.
1936 Foram formados pela Escola de Educação Física do Exército dez Monitores de Esgrima e, pela Escola de Educação Física da Força Pública de São Paulo, foram graduados 4 Monitores de Esgrima.
1937 Foi publicado na Revista de Educação Física, n° 35 (outubro), o artigo “Campeonato Brasileiro de Esgrima” e, no nº. 36 (novembro), o artigo “Esgrima” de Álvaro Lúcio de Areas.
1937 Foram formados 2 Mestres de Armas e 4 Monitores de Esgrima, pela Escola de Educação Física do Exército e, pela Escola de Educação Física da Força Pública do Estado de São Paulo, 2 Mestres de Armas e 1 Monitor de Esgrima.
1938 No periódico Educação Física, no nº. 14 (janeiro), vem à luz o artigo “A esgrima através dos tempos”, de Osvaldo Rocha.
1938 A Revista de Educação Física do Exército publicou no nº. 43 (outubro) o artigo de Álvaro Lúcio Areas, com o título “Aparelhos de sinalização elétrica para espada”. E no nº. 44 (novembro), do mesmo autor, saiu o artigo “Esgrima de sabre – progressão de instrução”, bem como o artigo “Esgrima”, do mesmo autor.
1938 A Escola de Educação Física do Exército, entre diversos instrutores e monitores, formou 3 Monitores de Esgrima, e a Escola de Educação Física da Força Pública de São Paulo formou 4 Monitores de Esgrima.
1939 A Revista de Educação Física, no nº. 45 (junho) publicou “Esgrima de florete – método de treinamento”, de Álvaro Lúcio Areas, e, no nº. 46 (outubro) publicou, do mesmo autor, “Esgrima – espada – método de treinamento”.
1939 Criação da Escola Nacional de Educação Física e Desportos, na Universidade do Brasil, e entre os seus cursos havia o Curso Superior de Educação Física com diversas disciplinas, sendo uma delas “Desportos de ataque e defesa”, no qual a Esgrima era uma das atividades ensinadas.
1939 Formaram-se 5 Monitores de Esgrima pela Escola de Educação Física do Exército.
1940 No período de 31 de março a 7 de abril, na cidade de São Paulo, foi realizada a II Olimpíada Universitária Brasileira, que passou a ser considerada como os III Jogos Universitários Brasileiros,
com eventos diversos, inclusive a Esgrima.
1940 A revista Viver, em seu número 21, publicou “Pratiquemos a Esgrima”, de autoria de Miguel Morano.
1940 A Escola de Educação Física do Exército formou 12 Monitores de Esgrima.
1941 Pelo Decreto-Lei n° 3.199, de 14 de abril, que estabeleceu as bases de organização dos esportes no Brasil, considerou-se constituída a Confederação Brasileira de Esgrima, que possuía “a sua competência desportiva determinada na própria denominação”.
1941 No periódico Educação Física, em seu nº. 57 (agosto), foi publicado “Esgrima moderna de sabre”, de Horácio Santos.
1941 A revista Viver editou o artigo “Esgrima”, cujo autor foi René da Silva Velho, apresentado no nº. 36, e que prosseguiu até o nº. 41.
1942 A Gillette do Brasil, com sede no Rio de Janeiro, editou um trabalho com o título “Sport fator de saúde – para uma Pátria Grande, uma raça forte”, contendo uma série de quadros relativos a vários esportes inclusive a Esgrima.
1942 Educação Física – Revista de Esportes e Saúde publicou os artigos “Importância da Esgrima e seu progresso no Brasil”, no nº.71, e “História da Esgrima”, de autoria de Osvaldo Niemeyer Lisboa,
no nº. 69.
1942 A Revista de Educação Física, editada pela Escola de Educação Física do Exército, publicou “Instruções para o Campeonato de Esgrima do Exército”, no nº. 51; no nº. 54 apresentou o artigo “O julgamento das provas de Esgrima”, de Júlio Cesar Saint Edmond, bem como “Comentário sobre algumas
soluções do Regulamento de provas da Federação Internacional de Esgrima”, cujo autor foi Condeixa Filho.
1943 No periódico Educação Física, nº. 72 (janeiro–fevereiro) publicou-se “Pedagogia da Esgrima”, de Horácio dos Santos.
1943 Faleceu no mês de outubro, no Rio de Janeiro, com a idade de 66 anos, o Prof. Giovanni Abita, ex-Oficial do Exército Italiano que foi contratado em 1922 pela Marinha Brasileira, na gestão do Ministro Veiga Miranda, a fim de ministrar os ensinamentos da Esgrima. Ministrou a Ginástica Pedagógica, na Escola de Educação Física da Marinha, a partir de 1925.
1943 O Almanaque Sportivo Olympicos, edição 1942-1943, modificou a forma de apresentação dos seus trabalhos, trazendo a seção “Esgrima” nas páginas 255 e 256, além de “A Esgrima no Brasil”, nas páginas 256 a 258.
1944 Nos VI Jogos Universitários Brasileiros (JUB’s), realizados na Cidade do Rio de Janeiro no mês de abril, sagrou-se a Federação Universitária Gaúcha de Esportes como a equipe campeã em Esgrima, com a Federação Atlética de Estudantes na segunda colocação e a Federação Universitária Mineira de Esportes no terceiro lugar.
1944 A Revista Brasileira de Educação Física publicou, no seu nº. 7 (julho), o artigo “Efeitos da Esgrima sobre o físico da mulher”, de autoria de Reynaldo Kunz Buch.
1944 De autoria de Valério Falcão foi publicado o livro “A Esgrima”. Trata a obra da Esgrima de florete, de espada, de sabre e de baioneta, bem como traz um capítulo sobre equitação. O livro é
ilustrado e contém 157 páginas.
1944 Realizou-se o Campeonato Brasileiro de Esgrima, sendo São Paulo o Estado campeão, e o Rio Grande do Sul o vice-campeão.
1944 Foi editado no Almanaque Sportivo Olympicus, em São Paulo, edição 1943-1944, o trabalho “Esgrima e Biotipologia”, de autoria do Dr. Arnaldo Marsillac, Primeiro Tenente Médico, e de Mário Isola, Mestre de Esgrima.
1944 A Escola de Educação Física da Força Pública do Estado de São Paulo formou 6 Monitores especializados em Esgrima.
1945 “Considerações sobre a Esgrima”, de autoria de Sebastião da Silva Cruz, foi publicado no nº. 19 (julho/agosto), da Revista Brasileira de Educação Física.
1946 Foi editado pela Divisão de Educação Física, do Ministério da Educação e Saúde, o folheto Metodologia do Treinamento Desportivo da Esgrima, de autoria de Inezil Penna Marinho e Sebastião da Silva Cruz, trabalho premiado em segundo lugar no Concurso de Trabalhos sobre Educação Física, promovido por essa entidade em 1944.
1946 Em São Paulo, na Escola de Educação Física da Força Pública, foram formados 6 Monitores de Esgrima.
1948 Participação dos esgrimistas brasileiros nos Jogos Olímpicos de Londres, no período de 29 de julho a 14 de agosto. A equipe era composta de: Joaquim do Couto Simões (Delegado), Helladio Camargo Diniz Junqueira (Técnico), e os atletas Henrique de Aguiar Valim, Fortunato de Barros Camargo, Ferdinando Ludovico Alessandri, Miguel Biancalana, Sabino Salvatore, Omino Scianaméa e Walter Augusto César de Paula.
1950 A Força Pública do Estado de São Paulo editou o Tratado de Esgrima: florete, espada e sabre, atualizado pelo Capitão Adauto Fernandes de Andrade, Mestre d’Armas da Escola de Educação Física, publicação essa autorizada pelo Comando Geral da Corporação em 21 de outubro de 1948.
1951 Nos I Jogos Desportivos Pan-Americanos, realizados em Buenos Aires, no período de 25 de fevereiro a 8 de março, a Esgrima brasileira teve a sua delegação composta de: Joaquim do Couto Simões (Chefe), Hélio de Araújo Vieira (Assistente Técnico), e os esgrimistas Ferdinando Alessandri, Virgílio Damásio de Sá, Luciano Albieri, Maria Eugênia Xavier, Renate Herzog, Nadscha Ziboroff, Dario Marcondes do Amaral, Henrique de Aguiar Vallim, Estevão Molnar, Frederico Taveira Serrão, Sabino Scianameyer, Hugler Matt, Fernando Canteiro Toreli, Adolpho Masine e Odair Castro. Obtiveram as medalhas de bronze Estevão Molnar (Sabre) e a Equipe de Sabre.
1952 No período de 19 de julho a 3 de agosto, foram realizados os Jogos Olímpicos em Helsinque, na Finlândia. A delegação brasileira de Esgrima era composta de: Joaquim Couto Simões (Chefe), Helladio Camargo Diniz Junqueira (Técnico) e os competidores Etienne Molnar, Hélio de Araújo Vieira, César Pekelman, Walter Augusto César de Paula e Dario Marcondes do Amaral.
1955 Nos II Jogos Desportivos Pan-Americanos, na Cidade do México, no período de 12 a 26 de março, a equipe de Esgrima era formada por Joaquim do Couto Simões (Chefe), Virgílio Damásio de Sá (Técnico) e os atletas Heitor de Abreu Soares, Dario Marcondes do Amaral, Aloysio Alves Borges, Nelson Antonio
Moraes Bastos, Mário Azevedo Queiroz, Estevão Etienne Molnar, Maria Yeda Coutinho, Yolanda Coutinho Moraes e Maria Eugênia Mac Guinles Xavier. A Escola de Educação Física do Exército publicou o folheto Manual de Esgrima: generalidades, florete.
1959 Nos Jogos Pan-Americanos em Chicago, a partir de 27 de agosto a 7 de setembro, a Esgrima do Brasil esteve presente com Prospero Gargaglioni (Técnico) e Heitor de Abreu Soares, Renô
Todeschini, Etienne Molnar e Amélia Pacheco Bernardo.
1963 Nos IV Jogos Pan-Americanos, realizados em São Paulo de 20 de abril a 5 de maio, a equipe de Esgrima, formada por Aloysio Alves Borges, Arthur Telles Cramer Ribeiro, José Maria Pereira e Carlos Luís R. Couto, foi agraciada com a Medalha de Prata.
Participaram, também, dos Jogos, os atletas Wanda Mennas Tambascos, Maria Eugênia Xavier, Amélia P. Bernardo, Nara Fiori, Lilia M. Setinger, René Setinger, Ubirajara Sá Gomes, Leonardo Famá, Heitor de Abreu Soares, Reinaldo C. Araújo, Humberto Calabrez Filho, Estevão Molnar, João Antonio Roza, Ronald Silva Marques e Eric Tinoco Marques.
1967 Nos V Jogos Pan-Americanos, em Winnipeg, no período de 26 de julho a 6 de agosto, na prova de espada individual, Arthur Cramer Ribeiro conquistou pela primeira vez na história da Esgrima brasileira o ouro individual. Obteve o Brasil, por equipe, a vitória sobre o Peru e a Colômbia, perdendo apenas para os Estados Unidos. A equipe brasileira era composta de: Humberto Calabrez (Chefe), Carlos Rodrigues do Couto, Dario Marcondes do Amaral, José Maria de Andrade Pereira e Arthur Telles Cramer Ribeiro.
1968 Na Cidade do México foram realizados os Jogos Olímpicos, de 12 de outubro a 27 do mesmo mês. A equipe de Esgrima tinha como seus componentes o Cel. Eric Tinoco Marques, na qualidade de Chefe e Técnico, e os esgrimistas Arthur Telles Cramer Ribeiro, Dario Marcondes Amaral, Carlos Luiz Couto e José Maria Pereira.
1971 Nos Jogos Desportivos Pan-Americanos, efetuados em Cali, entre 30 de julho e 13 de agosto, a equipe de Esgrima estava formada por Manu Marques (Chefe), Heitor de Abreu Soares (Técnico) e os
atletas Arthur Telles Cramer Ribeiro, Dario Marcondes do Amaral, José Maria de Andrade Pereira e Marcus Alves Borges.
1973 “Esgrima”, artigo de autoria de Arthur Cramer, foi publicado na Revista Brasileira de Educação Física, ano 5, n° 13, de janeiro/fevereiro, escrito por solicitação do DED/MEC, com vista à introdução
da Esgrima nos Jogos Estudantis Brasileiros-JEBs de 1973.
1973 A Esgrima foi incluída no rol das atividades desportivas dos V Jogos Estudantis Brasileiros pela primeira vez. A sede dos JEBs foi a cidade de Brasília. Sagrou-se campeão de florete e espada o gaúcho Adriano Kalis Escada e, por equipe masculina, também os gaúchos e os paulistas foram os vice-campeões.
1974 Nos VI Jogos Estudantis Brasileiros, os brasilienses, alunos do Colégio Marista de Brasília, conquistaram o 4° lugar em florete e o 5° lugar em espada. A iniciativa da prática da Esgrima coube
aos Padres Maristas com o apoio de Wedner Cavalcante, um dos fundadores da Federação Goiana de Ginástica. Os JEBs foram efetuados em São Paulo. O campeão em florete e espada foi o gaúcho José Antonio Andreatta. Por equipe, os estudantes gaúchos foram os campeões, e os vice-campeões foram os cariocas.
1975 Entre 12 e 26 de outubro, a Esgrima brasileira esteve presente nos Jogos Pan-Americanos realizados na cidade do México, com Humberto Calabrez (Chefe), Dario Marcondes do Amaral (Técnico), Andréa Cohon Giovani, Márcia da Silva, Arthur Telles Cramer Ribeiro, Francisco Itálico Buonafina, Frederico José França Barreira de Alencar, Ronaldo Vadson Schwantes, Sandor Kiss e Ubirajara de Sá Gomes. O Brasil conquistou a medalha de bronze, por equipe, em espada.
1976 Nos Jogos Olímpicos de Montreal, no período de 17 de julho a 1° de agosto, houve a participação de Arthur Telles Cramer Ribeiro, na Esgrima, que concorreu em espada, classificando-se em 38° lugar.
1976 Em Porto Alegre foram realizados os VIII Jogos Escolares Brasileiros e, na Esgrima, na prova de florete, foi campeão o paulista Nelson A. do Rego e, na espada, o paranaense Emerson Nogoceki. Por
equipe, o Rio Grande do Sul foi o campeão, e São Paulo o vice-campeão.
1977 Pelo Decreto n° 80.228, de 25 de agosto, foi a Confederação Brasileira de Esgrima-CBE reconhecida como entidade constituída (Art. 36).
1979 Os Jogos Pan-Americanos de San Juan, em Porto Rico, de 1 a 15 de julho, tiveram a presença da Esgrima do Brasil, com Carlos Luiz Rodrigues do Couto (Chefe), Eduard Starzynski (Técnico), Carmen Rozane Masson, Eloisa Brasil de Moraes, Lúcia Maria Soares, Marcia da Silva, Paula Lazzarini, Arthur Telles Cramer Ribeiro, Douglas Veronez Fonseca, Francisco Itálico Buonafina, Ronaldo Vadson Schwantes e Sandor Kiss. Na espada, masculino, Arthur Cramer obteve o oitavo lugar e, por equipe, obteve o quarto lugar, com Francisco, Douglas, Ronaldo e Cramer.
1981 Após anos de ausência, isto é, desde os Jogos Estudantis Brasileiros de 1976, e como resultado dos contatos entre a SEED/MEC e a Confederação Brasileira de Esgrima, a Esgrima retornou aos JEBs. Destacou-se o estudante paulista Antonio Augusto Telles Machado, sagrando-se campeão individual de florete, espada e sabre. O campeão por equipe foi o Rio Grande do Sul, com Elizabeth Santa Lúcia (direção) e os atletas Régis Lobo, Luciano Finardi, Haroldo Heidrich, Johnny Araújo, José Luiz Saran da Roza, Ricardo Menalda, Jarbas Trois e Rogério Dutra Pereira. No florete, foi campeã a gaúcha Maria Jaqueline da Costa Machado. Pela equipe feminina sagrou-se São Paulo, constituída de Sandor Kiss (Direção) e as atletas Eloá do Amaral, Flora Freire da Silva, Laura Mangiaterra e Nícia Cristina Monteiro.
1983 Nos Jogos Pan-Americanos, em Caracas, no mês de agosto, do dia 14 ao dia 29, esteve presente a Esgrima brasileira com Luís Lopes Filho (Chefe), Robert Vangenot (Técnico), Heitor de Abreu Soares (Técnico), os esgrimistas Arthur Telles Cramer Ribeiro, Nelson Calvoso Pinto Homem, Ronaldo Vadson Schwants, Antonio Augusto Telles Machado, Fernando Luis Fiorio Calza, Roberto Lazzarini, Ana Emilia Becker Maciel, Heloisa Brasil de Moraes, Marcia Silva Leonelli e Carmen Rozane Masson. Os esgrimistas brasileiros tiveram, em período anterior aos Jogos, treinamentos em Davos, na Suíça, e em Viena, na Áustria, onde participaram do Campeonato Mundial de Esgrima. Em Caracas, no florete feminino, participaram quatro atletas brasileiras, em espada com cinco homens e no florete masculino com um esgrimista. Na prova de espada, a equipe masculina obteve o 5° lugar.
1987 O Conselho Nacional de Desportos-CND, através da Resolução n° 14, dispôs sobre o registro de Técnicos Desportivos aos concludentes de Cursos de Mestre D’Armas da Escola de Educação Física do Exército.
2003 A Delegação Brasileira de Esgrima, participante dos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, apresentou-se com 12 atletas do sexo masculino e 4 atletas do sexo feminino.

Fontes
Alencar, Edigar de. Flamengo: força e alegria do povo. Rio de Janeiro: Conquista, 1970; ALMANAQUE DOS ESPORTES. Rio de Janeiro: Rio Gráfica, 1975; ALMANAQUE SPORTIVO OLYMPICUS. São Paulo: Publicidade sem Rival, 1943-1944; Ibidem, 1945-1946; Andrade, Adauto Fernandes de. Tratado de Esgrima:florete, espada, sabre. São Paulo: Força Pública do Estado de São Paulo, 1950; Cantarino Filho, Mario Ribeiro. A Educação Física no Estado Novo: história e doutrina. 1982. Dissertação (Mestrado em Educação), Faculdade de Educação, Universidade de Brasília, Brasília, DF; Coelho Netto, Paulo. História do Fluminense. Rio de Janeiro: Borsoi, 1952; Falcão, Valério. A Esgrima. Rio de Janeiro, 1944; Ferraz, Arrison de Souza. Fragmentos da história da tropa de Piratininga. São Paulo,1942; Ferraz, Arrison de Souza. O Presidente Washington Luis e a Cultura Física Brasileira. In: Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Washington Luis: visto pelos contemporâneos no primeiro centenário de seu nascimento. São
Paulo: IHGSP, 1969. pp. 141-154; Leite, J. Barbosa. Evolução da Educação Física na Escola Militar. Formação, Rio de Janeiro, v.3, n.20, p.33-44, mar. 1940; Mariani, Gustavo. História do esporte em Brasília. Brasília: Gráfica Jarbex, 1980; Marinho, Inezil Penna.
História da Educação Física e dos Desportos no Brasil: Brasil Colônia, Brasil Império, Brasil República. 4v. Rio de Janeiro: MES/DEF, 1952-1954; Marinho, Inezil Penna. Introdução ao estudo da
evolução desportiva no Brasil: Colônia e Império. Separata de Decimalia, Rio de Janeiro, Biblioteca Nacional, 1959; Nelson, Nilson. JEBs, uma competição vitoriosa. Revista Brasileira de Educação Física e Desportos, Brasília, v.10, n.47, p.25-40, jul.-set. 1981; Paioli, Caetano Carlos. Brasil Olímpico. São Paulo:Imprensa Oficial, 1985; Ramos, Jayr Jordão. Escola de Educação Física do Exército: 1930 – 1965. Rio de Janeiro, 1966; Rodrigues, Cezar A. Parga. Esgrima de espada. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1906; site oficial do Movimento Olímpico:www.olympic.org/uk/sports/programme/history_uk.

Fonte: DA COSTA, LAMARTINE (ORG.). ATLAS D O ESPORTE N O BRASIL . RIO DE JANEIRO: CONFEF, 2006.

História da Esgrima em Minas Gerais (por Carlos Moreira)

História da Esgrima em Minas Gerais (por Carlos Moreira) https://institutotouche.org.br/wp-content/themes/fildisi/images/empty/thumbnail.jpg 150 150 Redação Redação https://secure.gravatar.com/avatar/a9c82484ddc8f7aed43e31b2178c0d99?s=96&d=mm&r=g

Marcando e mudando a vida de pessoas – História da Esgrima em Minas Gerais

Carlos Moreira, 21/05/2020

Tendo recebido o gentil convite para falar sobre a história da esgrima em Minas Gerais, vou me permitir focar sobretudo nos acontecimentos de Belo Horizonte, sem destinar às iniciativas em outras cidades o espaço merecido e dentro dos limites do meu conhecimento. Peço desculpas antecipadas.
O relato a partir da década de 1980 serve como exemplo para as dificuldades inerentes à implantação da esgrima em localidades onde não há qualquer estrutura prévia, assim como nenhuma demanda espontânea de clubes e outras entidades. Talvez seja desafio semelhante àquele que apaixonados por todo o Brasil enfrentaram e enfrentarão em novos estados, cidades ou clubes. Não faz parte de nossas tradições qualquer política de acolhimento dessas iniciativas precursoras. E nosso caso era particularmente desfavorável, pois na maior parte dos primeiros tempos sequer contávamos com o apoio de mestres d’armas ou de profissionais de Educação Física. Sobrevivíamos do voluntarismo amador e apaixonado.
Muitos detalhes serão omitidos, mas um pequeno cuidado será destinado aos personagens que, no decorrer da narrativa, retornam anos depois com novos papéis e associações. Pois a polivalência é nossa essência e ter presenciado todas essas maravilhas é prerrogativa de quem teve continuidade.
Essa não foi a primeira sala d’armas em Belo Horizonte, mas sabemos que no início da década de 1940 havia uma esgrima bem organizada no Minas Tênis Clube, sob a direção do mestre Berzelius Veloso Figueira, que trabalhava as três armas. A conexão com o meio militar era forte, pois esse mestre era major e comandante do CPOR. Tinha uma personalidade envolvente que arrebanhava os alunos que se destacavam nas aulas de esgrima e baioneta para se desenvolverem no clube. José Israel Vargas, eminente cientista e ministro da Ciência e Tecnologia de 1992 a 1999, pertenceu a esse grupo. Almir Wildhagen Figueira mais tarde se tornaria professor do curso de Educação Física da UFMG e, até a década de 1970, providenciou para que a esgrima fosse ensinada em disciplinas regulares. Como consequência tardia desse esforço, em 1997 foi iniciado um curso de extensão de esgrima, aproveitando justamente o equipamento adquirido no tempo desse professor, após ter passado mais de duas décadas guardado em uma grande caixa no depósito.
Não se sabe ao certo o quanto Belo Horizonte na década de 1940 conseguia se integrar ao universo da esgrima civil brasileira. Mas há registro que os praticantes mais eufóricos chegaram a esboçar uma Federação Mineira de Esgrima, que infelizmente não se concretizou. Após o encerramento do grupo do MTC a esgrima permaneceu limitada a iniciativas pontuais nos ambientes acadêmico e militar.

FOTO 1 – Minas Tênis Clube, início da década de 1940.
Fonte: site do clube em https://www.minastenisclube.com.br/noticias/aqui-tem-historia

Em 1981 a esgrima em Belo Horizonte se reativou com a chegada de um professor que havia sido atleta do Fluminense, onde teve aulas com Jorge Moreno. Uma pessoa de carisma marcante, que mais tarde fez carreira como desenhista e escritor sob o nome de Max Velati, e que retornará à história da esgrima mineira em vários outros momentos. Aí se iniciava um período de duas décadas de esgrima implantada sobretudo em academias de ginástica e musculação, mas em alguns momentos sobrevivendo em treinos de quintal.
Foi uma fase marcada pelo idealismo, mas também por sérias limitações de equipamento e pouca integração com o cenário nacional. Os professores que se sucediam tinham atividades profissionais em outras áreas e motivação derivada exclusivamente do apego ao esporte. As mensalidades pagas pelos alunos cobriam somente o aluguel do espaço e a compra de equipamento. Quase todos dependiam de uniformes feitos por costureiras amadoras na esgrima, às vezes a avó de alguém, frequentemente mal reforçados e com detalhes estranhos a nosso esporte. Jogava-se florete mudo por ser a arma tradicional para iniciação e por ter arbitragem mais viável na falta de equipamento de sinalização automática.
Nesse período inicial, deram aulas o precursor Max Velati, que tinha foco na esgrima clássica, Alonso Fernandes, eu próprio, o mestre d’armas Vítor Bazuchi, José Andretta, Ricardo Martins, Gérson Schmidt e Leonardo Portes. Em 1986 o tenente Bazuchi era egresso do bom curso de mestre d’armas da EsEFEx. Chegou a solicitar à Confederação Brasileira de Esgrima permissão para levar seu grupo para as provas nacionais das categorias livre e juvenil. Mas a iniciativa não foi acolhida pela confederação. Seria possível, mas com o pagamento de valores proibitivos. As oportunidades para disputar competições surgiam sobretudo no âmbito militar, dado que o tenente Bazuchi estabeleceu uma iniciação no Colégio Militar de Belo Horizonte, além de apoiar o grupo civil mais experiente. Em outubro de 1987, equipes civil e militar de BH participaram de uma prova de florete no Colégio Militar de Brasília. Uma curiosidade foi a participação, jogando pelo CMB, do futuro mestre d’armas Evandro Oliveira, ainda adolescente.

FOTO 2 – Colégio Militar de Brasília, 25/10/1987.
Fonte: arquivo pessoal.
Obs. Tenente Bazuchi é o último em pé a direita, Carlos Moreira é o primeiro sentado da esquerda para a direita, Evandro Oliveira é o quinto sentado da esquerda para a direita.

A introdução da espada em BH começou em 1995, com meu retorno de um período em que treinei na sala d’armas da Universidade de Princeton com o mestre Michel Sebastiani. E com a ajuda voluntária de José Andretta, espadista de destaque da Sogipa e pertencente a uma família tradicional da esgrima gaúcha. Uma noite, antes do treino, nos chegou aquele cavalheiro bem vestido, possivelmente saído de uma reunião de negócios. Se apresentou dizendo que havia feito parte da equipe nacional de espada por oito anos. Lembro que olhei pensativo para seu rosto barbudo e respondi – “Bom, nesse caso acho que não temos muito para te ensinar…” – ao que ele respondeu de imediato – “Mas eu vim para ajudar!”. E como ajudou!
Na mesma época, em Juiz de Fora, o professor cubano Luis Bretones construiu um grupo que participava de provas no Rio de Janeiro, com pretensões de integração ao cenário nacional. Logo surgiu uma parceria entre nós de BH e o Florespa, nome escolhido pelo cubano com referência às armas que ensinava. Organizamos várias provas e sessões de treinamento em ambas as cidades. Eventualmente esse professor decidiu emigrar para Miami, onde hoje tem sua própria sala d’armas com o mesmo nome da edição brasileira. A experiência em Juiz de Fora incluiu também incursões no universo da esgrima adaptada, então praticamente inexistente no Brasil. Bretones preparou um atleta para o Campeonato Mundial de Esgrima em Cadeira de Rodas de Euskirchen de 1998 e realizou uma tentativa pioneira de implantação de esgrima para cegos. Um dos adolescentes mais promissores do Florespa, Kleber Castro, quase duas décadas mais tarde retornaria ao esporte para se tornar professor do grupo de esgrima adaptada do Barroca Tênis Clube.

FOTO 3 – Torneio BH-JF, Belo Horizonte 08/12/1996.
Fonte: arquivo pessoal.
Obs. Da esquerda para a direita: Rodrigo Medeiros, Luis Bretones, Marina e José Andretta.

A tão aguardada inserção no circuito nacional só aconteceu em 1997, quando o grupo de BH contou com o gentil convite da saudosa Dona Amélia para jogar as provas nacionais e estaduais pelo Vasco da Gama. Foi um passo difícil, mas em breve os atletas de BH jogando pelo Vasco já eram mais numerosos que os do Rio de Janeiro. O primeiro resultado de alguma expressão aconteceu em outubro daquele ano, com uma entrada nas quartas-de-final da prova de espada masculina do Torneio Nacional Cidade de São Paulo. Um ano depois nossos atletas Athos Guedes e Flávio Veloso seriam os primeiros a fazer estágios de treinamento no exterior. Treinaram na Inglaterra e na França e disputaram várias provas FIE na Europa.
Em 1998 os mineiros passaram a competir pelo Club Athlético Paulistano, aproveitando a acolhida do mestre Régis Trois e buscando ter acesso também ao calendário de provas estaduais de São Paulo. Por essa entidade competimos até 2001. Ao todo foram cinco anos sendo inscritos na CBE por entidades de outros estados, que nos receberam com a mais absoluta generosidade. No Brasil daquela época não havia a possibilidade de atletas se filiarem individualmente à Confederação Brasileira de Esgrima, ainda que isso fosse possível em alguns países, ou de atletas disputarem determinada prova nacional como avulso, tal como se tornou possível poucos anos atrás. Devido a isso, depois que começamos a ter nossas próprias entidades vinculadas à CBE, criamos a tradição de acolher atletas que, por diferentes motivos, precisavam de um clube para participar de competições nacionais ou internacionais. Dezenas de atletas se beneficiaram dessa política.
Em seus primeiros anos no circuito nacional, os atletas de BH treinavam e competiam em florete e espada. Mas os melhores resultados sempre eram na espada. A esgrima nacional já contava com uma geração nova de mestres sintonizados com as evoluções recentes do florete. Ao passo que em BH as referências técnicas e estratégicas ainda eram das décadas anteriores, sem que houvesse mestres e atletas que pudessem auxiliar na atualização. A preferência por golpes lançados e sobretudo a reinterpretação das regras de prioridade eram uma realidade que nos causava estranheza. Além disso, na época a espada oferecia um cenário muito mais rico de provas estaduais e amistosas em São Paulo, Brasília e nas instituições militares, o que era essencial para uma evolução gradativa. É dessa época o início de uma longa interlocução com a EPCAr de Barbacena e com o Pentatlo Aeronáutico. Dessa forma, o grupo foi progressivamente se afastando do florete e privilegiando a espada.

FOTO 4 – Banner do I Torneio Mineiro de Esgrima 27/11/1999.
Fonte: arquivo pessoal.

Em 1999 foi realizado o primeiro Torneio Mineiro de Esgrima. Era para ser o campeonato mineiro, mas uma consulta à CBE resultou na indicação da mudança de nome, pois não havia uma federação estadual para promover um “campeonato”. Demos de ombros e decidimos que uma das primeiras medidas implementadas por uma futura federação seria o reconhecimento dos TME como equivalentes a campeonatos estaduais. Esse evento vem sendo realizado ininterruptamente nos segundos semestres de cada ano desde então, com 18 edições em Belo Horizonte, duas em Ouro Preto e uma em Montes Claros. Em 2003 começamos as Taças Belo Horizonte de Esgrima, sempre realizadas nos primeiros semestres. Mais adiante também os Torneios Início, Torneios Encerramento, Torneios de Inverno, etc. Assim como as provas regularmente organizadas pela EPCAr em Barbacena. Até chegarmos aos calendários estaduais recentes, com cerca de oito provas anuais, inclusive para as categorias infantis e de base. Grande parte dos resultados, inclusive com ferramentas para a pesquisa por atleta e para a geração de estatísticas, estão disponíveis na Enciclopédia da Esgrima Mineira, organizada e disponibilizada por Evandro Paradela no endereço http://www.esgrimamg.com.br/repositorio/
A primeira sala voltada exclusivamente para a esgrima fundada em BH em tempos modernos foi a Rapier, Arte & Ciência da Esgrima. Uma sociedade que previa atuação nas esgrimas esportiva, clássica e cenográfica. Lá foi organizado nosso primeiro estágio internacional, com a visita do mestre francês Jean-David Poquet, radicado na Guiana Francesa e formador de grandes atletas, particularmente o multicampeão Ulrich Robeiri. O mestre Poquet gostou da cidade e quis se mudar para Belo Horizonte. Chegamos a visitar alguns dos melhores colégios levando um projeto voltado para as categorias de base. Mas encontramos a dura realidade de que o potencial de formação de atletas de alto rendimento não seduzia essas instituições. Algumas até com interesse declarado por esportes competitivos, mas na prática focando somente nas provas do âmbito escolar.

FOTO 5 – Sala da Rapier em 20/01/2001.
Fonte: arquivo pessoal.
Obs. À esquerda Jean-David Poquet, à direita Athos Guedes.

A experiência da Rapier foi esportivamente engrandecedora, mas o aluguel ficou pesado. Assim, em 2002 os esgrimistas se transferiram para o salão de festas do Clube Recreativo Mineiro, que se tornou a primeira entidade mineira inscrita na CBE. Permitindo assim que os atletas de BH finalmente pudessem competir por sua própria entidade.

FOTO 6 – Carlos Moreira no Clube Recreativo Mineiro em 2002.
Fonte: arquivo pessoal.

Porém, o vício de dispor de um espaço exclusivo para a esgrima, com pistas marcadas e aparelhagem de sinalização não abandonou o grupo. Já no ano seguinte foi fundada a Cavaleiro Negro por Leonardo Portes, que em 2004 se mudou para um endereço mais central sob o nome de Escola Mineira de Esgrima, onde pela primeira vez foram montadas turmas infantis. Nesse ano começaram a aparecer as primeiras medalhas nacionais na categoria livre individual. Angélica Melo, que havia se iniciado na esgrima apenas quatro anos antes na Rapier, foi a campeã brasileira de espada tendo Leonardo como treinador. Eu próprio obtive meu melhor resultado nacional com a medalha de bronze nessa mesma competição. Infelizmente Angélica abandonou as competições pouco tempo depois para priorizar seu mestrado em Física. Em 2006 Joaquim Murta foi nosso primeiro campeão brasileiro na categoria cadete.

FOTO 7 – Angélica Melo, campeã brasileira de espada em 2004.
Fonte: Athos Guedes.

O grupo já estava consolidado e começando a induzir experiências análogas em outros locais. Por volta de 2005 o atleta Rodrigo Medeiros, que havia aprendido esgrima em BH, estabeleceu o grupo Zambra em sua cidade de origem, Montes Claros. Nessa cidade foi o responsável pela organização do VII Torneio Mineiro de Esgrima, com finais em um shopping center.
O salão de festas do Barroca Tênis Clube teve sua glória, até que um dia foi interditado em decorrência das reclamações da vizinhança contra o barulho. Permaneceu fechado até fins de 2006, quando começou a se tornar a nova casa da esgrima de BH, sob a direção do mestre César Leiria, recém aposentado da Aeronáutica. Era útil carregar o nome de um clube tradicional, ainda que a esgrima continuasse sendo uma iniciativa autoral. O clube apenas nos cobraria aluguel mais barato do que os valores de mercado e forneceria uma entidade para fins de vinculação à CBE. Até mesmo a profunda reforma necessária para converter o salão de festas degradado em uma sala d’armas foi feita pelas mãos dos esgrimistas. Com o espaço recebendo toda uma coleção de dispositivos e implementos que normalmente seriam fabricados pelos melhores fornecedores internacionais, mas que em nosso caso foram cuidadosamente desenhados e construídos pelo mestre Leiria: três conjuntos de torres de repetição, braço mecânico, alvos fixos e móveis, racks para armas e máscaras, etc. Alguns anos depois, a sala de esgrima foi ampliada até atingir sua configuração atual, com sete pistas de um metro de largura, quatro delas eletrificadas, zona para aquecimento, armeria, vestiário, escritório e depósito, com área delimitada de 411 metros quadrados.
A vinda do mestre Leiria também provocou uma ampla redefinição de nossos protocolos de treinamento, com a adoção do Sistema de Brasões com apostilas editadas pelo próprio mestre e com o envio antecipado dos famosos QTS, Quadro de Trabalho Semanal.

FOTO 8 – Entrega de brasões pelo mestre Leiria em 04/11/2007
Fonte: Bianca Dantas.
Obs. Mestre Leiria entrega os brasões para Carlos Moreira e Leandro Soares.

Em 2007 o circuito nacional contou com a participação de duas entidades mineiras: BTC e EME. A segunda, ainda sob o comando de Leonardo Portes.
Nossa segunda atleta a vencer um nacional de espada na categoria livre foi Bianca Dantas, em Porto Alegre, 31 de agosto de 2008. No ano seguinte, Bianca foi medalhista de bronze sul-americana individual, dando partida em uma bela carreira na qual acumulou medalhas nacionais e continentais, tendo sido a primeira atleta de BH a percorrer todo o circuito da FIE e com participação em mais de 30 eventos internacionais.

FOTO 9 – Medalhistas de espada no Campeonato Sul-Americano, Medellín 29/10/2009.
Fonte: foto oficial do evento.
Obs. Da esquerda para a direita: Camila Rodrigues, Angela Espinoza, Natalia Lozano, Bianca Dantas.

Paralelamente a sua carreira com atleta, Bianca também foi iniciada como monitora e instrutora de esgrima pelo mestre Leiria. Até então, o grupo era formado sobretudo por atletas adultos, sem turmas infantis. Por isso contava com pouquíssimos atletas nas categorias de base. Coube à Bianca implantar a primeira turma infantil do BTC e dela se ocupar até fins de 2013.
O Torneio Nacional Cidade de Belo Horizonte de 2010 foi a primeira prova da CBE realizada em Belo Horizonte. Sediar competições nacionais era uma das propostas mais ambiciosas do mestre Leiria. Desde então, Belo Horizonte já recebeu 12 provas nacionais de todas as categorias, valendo menção ainda o Torneio Nacional Cidade de Barbacena de 2014, organizado pelo Coronel Newton Centurião na EPCAr.
Ao final de 2010 o mestre Leiria decidiu se aposentar em definitivo e daí se seguiu um período em que o BTC se sustentou na parceria entre Bianca Dantas, Evandro Paradela e eu próprio para a continuação das atividades de formação e desenvolvimento. Mesmo assim, continuou havendo progressos e a evolução destacada dos atletas mais engajados. Em abril de 2011, Fabiano Avellar e o atleta paulistano Luiz Petrachi, que na época treinava temporariamente no BTC, fizeram uma disputada final do Torneio Nacional Cidade do Rio de Janeiro, com vitória para o atleta do CAP.
É desse período a construção do grupo de esgrima em cadeira de rodas, que contou com o voluntariado do educador físico Kleber Castro e foi iniciado com um grupo de atletas cadeirantes indicados pelo programa Superar da Prefeitura de Belo Horizonte. Desde então, a esgrima em cadeira de rodas tem sido o projeto social de excelência da Esgrima BTC, com treinamento gratuito e empréstimo de equipamento. Os conjuntos de fixadores foram cedidos em comodato pelo CPB e, desde o início, o grupo se voltou para as competições, com medalhistas nacionais e participações internacionais em todas as categorias e armas: Marcos Melo, André Vasconcelos, Márcio Soares, Elias Oliveira.

FOTO 10 – Aula inaugural da esgrima em cadeira de rodas em 14/02/2011
Fonte: Bianca Dantas.
Obs. Em pé, da esquerda para a direita, Kleber Castro, Evandro Paradela e Carlos Moreira. Sentados, da esquerda para a direita, Gustavo Reis, Marcos Melo, Márcio Soares, Gustavo Pereira e dois atletas não identificados.

Em 2012 o mestre militar Tiago França assumiu o treinamento de jovens e adultos, função que ocupou até outubro de 2013, com Bianca permanecendo a cargo da formação infantil. Apesar de ter sido atleta militar de florete e de ter elaborado uma monografia sobre o treinamento dessa arma, o mestre França optou por trabalhar apenas a espada em seu tempo no BTC, pois sabia que a carreira militar eventualmente o levaria para outros destinos.
Ao final de 2013, o mestre Eduardo Romão, nosso Dudu, após uma vitoriosa carreira no CAP, decidiu aceitar um antigo convite e se mudou para Belo Horizonte para assumir todos os encargos técnicos do BTC.
Iniciou-se uma época de muita força na espada feminina de Belo Horizonte, com Marina Tello e posteriormente Clara Amaral fazendo companhia à Bianca nos pódios nacionais e com o grupo atraindo atletas formadas fora de Belo Horizonte, mas que buscavam um ambiente de qualidade para treinar, como foi o caso de Cleia Guilhon e Marcela Silva. Com destaque também o papel vitorioso desempenhado por Clédola Cássia Tello, tanto nas provas de veteranos quanto nas provas nacionais livres por equipes, nas quais Minas Gerais conquistou medalhas em sequência.

FOTO 11 – Equipe campeão brasileira de espada feminina, São Paulo 26/11/2018
Fonte: arquivo pessoal.
Obs. Da esquerda para a direita: Marina Tello, Bianca Dantas, Clédola Tello. No colo: Clara Amaral.

Destaque também para o desempenho dos atletas das categorias de base iniciados no período de 2011 a 2013 e que, sob o mestre Dudu, se destacaram e medalharam nas provas infantis, pré-cadetes, cadetes e juvenis: Valter Lôbo, os irmãos Álvaro e Olavo Donato, Tarcísio Mendes, Miguel Giffoni, André Reale e Clara Amaral. Clara foi vice-campeã em seu primeiro torneio nacional da categoria livre, disputado em abril de 2018 em São Paulo, quando tinha 14 anos de idade. Todos esses atletas tiveram várias participações e medalhas em provas internacionais. Álvaro Donato obteve a segunda colocação na Copa do Mundo Juvenil de San Salvador em 2019, sendo nosso primeiro medalhista em eventos FIE mundiais.
Eduardo Romão, auxiliado por sua filha, a educadora física Ana Paula Bindi, introduziu os treinamentos de florete e sabre no BTC, com o florete associado à espada na formação infantil e o sabre apresentado para uma turma motivada de jovens e adultos. Os expoentes da nova geração, todos atualmente na categoria Infantil 13 anos, são Vitória Macedo, Bernardo Homsi, Eduardo Viana e Igor Seixlack.

FOTO 12 – Atletas do BTC no Torneio Mário Queiroz, Belo Horizonte 10/05/2015
Fonte: Bianca Dantas
Obs. Da esquerda para a direita: Tarcísio Mendes, Álvaro Donato, Miguel Giffoni, André Reale e Olavo Donato.

FOTO 13 – Dudu e atletas infantis no BTC, 11/03/2018
Fonte: Bianca Dantas
Obs. Na frente, da esquerda para a direita: Igor Seixlack, Bernardo Homsi, Eduardo Viana, Valter Lôbo, Rafael Gomes. Atrás: mestre Eduardo Romão.

FOTO 14 – Festival Infantil Mestre Buonafina, Porto Alegre 18/08/2018
Forte: arquivo pessoal.
Obs. Da esquerda para a direita: Vitória Macedo, Eduardo Romão e Patrícia Macedo. Vitória foi medalhista de bronze na prova de espada 11 anos.

Nessa nova fase, Belo Horizonte também se tornou um polo formador de árbitros e técnicos. Foi oferecido o Curso de Formação de Técnico de Esgrima Nível I pelo Instituto Brasileiro de Esgrima em seis finais de semana de 2019. Iniciativa similar foi promovida pelo mestre Leiria em 2010, com carga horária bem menor em apenas um final de semana, mas que atraiu interessados de todo o Brasil. A expectativa é que dessas iniciativas possam se constituir novos grupos de treinamento em Belo Horizonte, o que contribuirá para a consolidação de um ambiente propício para o desenvolvimento do nosso esporte e até para a eventual fundação de uma federação estadual, objetivo em pauta desde a década de 1940.
Os primeiros sinais dessa nova fase já aparecem com um novo impulso para a esgrima do Colégio Militar de BH, sob o comando de Bianca Dantas, agora em processo de formação como educadora física. Novembro de 2019 trouxe a reinauguração da Rapier, igualmente por iniciativa da Bianca. Por coincidência, ocupando o mesmo espaço usado pelos esgrimistas de BH entre 1996 e 1997.

FOTO 15 – Logo da Rapier
Fonte: Bianca Dantas

Nesses 40 anos da história moderna da esgrima de Belo Horizonte, nossa estimativa é que cerca de 800 atletas tenham sido iniciados e mais de 300 tenham participado de provas estaduais. Aos poucos, os degraus foram galgados e as conquistas obtidas, não apenas na forma de troféus, mas na criação de um ambiente esportivo rico, que marcou e mudou a vida daqueles que a ele se integraram como atletas, treinadores, pais e amigos.

Renzo Pasquale Zeglio Agresta

Renzo Pasquale Zeglio Agresta https://institutotouche.org.br/wp-content/themes/fildisi/images/empty/thumbnail.jpg 150 150 Redação Redação https://secure.gravatar.com/avatar/a9c82484ddc8f7aed43e31b2178c0d99?s=96&d=mm&r=g

RENZO PASQUALE ZEGLIO AGRESTA

Renzo Agresta nasceu em 27 de junho de 1985, em São Paulo, tendo iniciado a prática da esgrima em 1997 no Clube Athético Paulistano – CAP onde permaneceu até 2008. Nesse mesmo ano transferiu-se para o Esporte Clube Pinheiros – ECP, clube onde encerrou sua carreira competitiva em 2017, logo após os Jogos Olímpicos Rio 2016. Durante todo esse período, Renzo transformou-se, sem qualquer dúvida, no melhor esgrimista brasileiro de todos os tempos, e sua especialidade sempre foi o Sabre.
Como principais títulos esportivos conquistados, citamos:
Tri campeão Pan Americano da categoria Adulta nos anos de 2001, 2013 e 2016,
Campeão Pan Americano da categoria Cadete de 2001;
Campeão Pan Americano Juvenil de 2002,
Campeão Sul Americano de 2001,
Bi-campeão dos Jogos Sul Americanos de 2010 e 2014,
Finalista Top 8 no Grand Prix Adulto da Bulgária de 2012,
Medalha de bronze no Campeonato Satélite de Copenhague de 2012,
4 Medalhas em Jogos Pan Americanos nos anos de 2007, 2011 e 2015,
4 participações como atleta nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004, Pequim 2008, Londres 2012 e Rio 2016,
Campeão Mundial Militar de 2015,
Campeão Italiano sub-23 de 2007,
9 vezes campeão Brasileiro Adulto Individual e dezenas de outras participações em Copas do Mundo, Grand Prix e Campeonatos Mundiais nas diversas categorias.
Na sua trajetória de enorme sucesso esportivo, Renzo foi por diversas vezes condecorado: 9 vezes escolhido como melhor atleta do ano da esgrima pelo Comitê Olímpico do Brasil – COB, eleito melhor atleta do ano de todas as modalidades do Clube Athlético Paulistano – CAP, em 2001, Sócio Benemérito
do Esporte Clube Pinheiros – ECP e Sócio Benemérito do Club Scherma Roma, Itália.
Além de toda a sua dedicação ao esporte, Renzo sempre se manteve dedicado aos estudos; formou-se pela John Cabot University – Formação Superior em Business Administration, em agosto de 2008, Roma, Itália e pela Fundação Getúlio Vargas, SP – Pós-Graduação em Administração de Empresas, em dezembro de 2012.
A razão desta comenda está voltada às suas atividades como atleta multicampeão mas, também, como indivíduo íntegro e admirado por todos, enfim, como um exemplo a ser seguido. Pelo “conjunto da obra”, Renzo Agresta é mais do que merecedor desta homenagem e, desde logo, passa a integrar o Hall da Fama da CBE como seu Membro de Honra.

Fonte: Confederação Brasileira de Esgrima – CBE
http://cbesgrima.org.br/wp-content/uploads/2019/09/resumo_bio_renzo_agresta.pdf

Guilherme Toldo

Guilherme Toldo https://institutotouche.org.br/wp-content/themes/fildisi/images/empty/thumbnail.jpg 150 150 Redação Redação https://secure.gravatar.com/avatar/a9c82484ddc8f7aed43e31b2178c0d99?s=96&d=mm&r=g

Guilherme Amaral Toldo (Porto Alegre, 1 de setembro de 1992) é um esgrimista brasileiro.

Filho de professores de educação física, teve contato com o esporte desde a infância. Praticou diferentes modalidades esportivas no Grêmio Náutico União, onde iniciou a esgrima aos oito anos. Conciliou natação e esgrima até os 14 anos, momento em que se definiu pela esgrima.

Em 2011, aos 19 anos, conquistou duas medalhas de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, no florete individual e por equipe.

Participou dos Jogos Olímpicos de Verão de 2012 em Londres.

Nos Jogos Olímpicos de Verão de 2016, sendo apenas o 66º do ranking mundial, surpreendeu ao vencer três vezes e chegar às quartas de final (terminando entre os oito melhores da Olimpíada) derrotando esgrimistas mais bem ranqueados que ele. Com o feito, Guilherme igualou-se ao melhor desempenho da esgrima brasileira em Olimpíadas, alcançado por Nathalie Moellhausen dias antes.

Atualmente, mora em Roma, onde cursa faculdade.

Club Athletico Paulistano – CAP

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Club Athletico Paulistano – CAP

Na virada do século XIX, um grupo de jovens paulistanos pensava em se filiar ao São Paulo Atlético Clube, de origem Inglesa. Por não concordar com entidades de influência estrangeira, tiveram a ideia de fundar o próprio clube, genuinamente brasileiro, já que nada de semelhante havia na capital paulista.
Em 29 de Dezembro de 1900, presididos pelo Secretário do Interior da época, Sr. Bento Bueno foi realizada a reunião de fundação do Club Athletico Paulistano, tendo como primeiro presidente o próprio Bento Bueno.
O grupo começou a busca do local para a sede. Aproveitando que muitos da família Prado faziam parte da nova agremiação, foi cogitado um terreno de Dona Veridiana da Silva Prado que arrendou um imóvel à Rua Consolação, onde antes se localizava o Veloce Club Olimpic Paulista de Ciclismo por 250 mil réis mensais, quantia irrisória para a época.
Pelos idos de 1915, cedendo ao progresso, a sede passa à Rua Nestor Pestana, onde hoje fica o Teatro Cultura Artística.
Em 29 de Dezembro de 1917, foi inaugurada a nova sede. O local, que não era bem visto, se tratava de “um charco insalubre” num bairro deserto. Este é o local onde hoje estamos no elegantíssimo bairro Jardim Europa.
Com o tempo, diversas modalidades foram introduzidas.
A ESGRIMA, como não podia deixar de ser, passou a fazer parte deste seleto grupo em 1925, mantendo um caráter de competição e formação, trazendo títulos e destacando o nome do Club Athletico Paulistano e de seus praticantes nos cenários nacional e internacional.

Fonte: Régis Trois D’Ávila